No final de janeiro, após um julgamento de cinco meses e 14 dias de deliberação, o internacional francês de 28 anos foi considerado inocente de seis violações e uma agressão sexual.
No entanto, o júri não chegou a um veredito sobre duas acusações - a violação de uma mulher de 24 anos em outubro de 2020 e a tentativa de violação de uma mulher de 29 anos, em 2018 - que serão novamente analisadas durante três semanas em Chester (norte de Inglaterra).
Após o anúncio do veredito, Jenny Wiltshire, a advogada do jogador do Manchester City e campeão do mundo, em 2018, sublinhou que ele estava "ansioso por limpar o seu nome" para poder "começar a reconstruir a sua vida".
O defesa, que fez 10 jogos pela seleção gaulesa e foi suspenso pelo seu clube , o Manchester City, com o qual termina contrato a 30 de junho, enfrentava uma pena de prisão perpétua.
O defesa mais caro em 2017
Na audiência, que começou em agosto passado, a acusação apresentou Benjamin Mendy como um "predador" que abusou de vítimas "vulneráveis, aterrorizadas e isoladas".
O futebolista negou ter sido "um perigo para as mulheres", insistindo que apenas tinha tido relações sexuais consensuais.
O seu coarguido Louis Saha Matturie (sem qualquer relação com o antigo futebolista Louis Saha), que foi apresentado como seu raptor, foi considerado inocente de três acusações de violação e o júri não chegou a um veredito sobre três outras acusações de violação e três de agressão sexual.
Após quatro meses de audiências, o júri, composto por oito homens e quatro mulheres, retirou-se para deliberar a 5 de dezembro, mas as sessões foram interrompidas várias vezes devido a casos de Covid-19.
Vencedor do Campeonato do Mundo de 2018 com a seleção francesa, onde foi suplente, Benjamin Mendy foi detido no final de agosto de 2021 e passou mais de quatro meses em prisão preventiva.
Libertado no início de janeiro de 2022, foi colocado sob vigilância judicial até ao seu julgamento.
Formado no Le Havre, descoberto no Marselha e passando uma temporada no Mónaco, Benjamin Mendy tornou-se o defesa mais caro da história em 2017, quando os citizens pagaram 52 milhões de libras (cerca de 61,4 milhões de euros à taxa atual) pelos seus serviços.