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Boehly, dono do Chelsea, gastou 800 milhões em reforços em 14 meses mas ainda quer Mbappé

David Alonso
Todd Boehly durante uma palestra na Califórnia
Todd Boehly durante uma palestra na CalifórniaAFP
Génio para uns, excêntrico para outros, a verdade é que o empresário americano Todd Boehly (49 anos) entrou na cena futebolística como um elefante numa loja de porcelana. Desde que se tornou o novo proprietário do Chelsea, em maio de 2022, por cinco mil milhões de euros, já gastou 800 milhões de euros em transferências em apenas 14 meses. Há alguns dias, telefonou ao presidente do PSG, Al Khelaifi, para iniciar negociações sobre uma possível transferência de Kylian Mbappé.

Boehly aterrou em Stamford Bridge como um turbilhão. Investiu 121 milhões em Enzo Fernandez, 80 em Wesley Fofana, 75 em Mudryk, 65 em Cucurella, 55 em Sterling,... No total, o valor das despesas ascendeu a 612 milhões, algo que não foi suficiente para realizar uma época decente, uma vez que o Chelsea terminou em 12.º lugar na classificação da Premier League, a 45 pontos do City e a 40 pontos do Arsenal.

Boehly não deve ter aprendido a lição, porque esta época continuou na mesma linha, tendo já gasto 185 milhões de euros em jogadores como Nkunku, Nico Jackson, Ugochukwu, Angelo, Diego Moreira e o central francês Disasi, o último reforço, por quem o clube londrino pagou 45 milhões ao Mónaco.

Boehly, com Amanda Staveley, coproprietária do Newcastle, antes de um jogo entre as suas equipas.
Boehly, com Amanda Staveley, coproprietária do Newcastle, antes de um jogo entre as suas equipas.AFP

Boehly tem uma fortuna avaliada em 4,2 mil milhões de euros (segundo a Forbes) e lidera um vasto consórcio que vai dos Los Angeles Dodgers (co-proprietário) aos Lakers. Oriundo de uma família alemã, descobriu o futebol durante o período em que estagiou no Citibank, em Londres, onde conciliou o início da sua carreira com os estudos na London School of Economics.

Boehly investiu mais de 600 milhões e o Chelsea terminou em 12º lugar na primeira divisão.
Boehly investiu mais de 600 milhões e o Chelsea terminou em 12º lugar na primeira divisão.AFP

"Quando eu era miúdo, só conhecíamos o Pac-Man e o Donkey Kong. Ninguém fazia ideia do que era o United ou o Chelsea", disse, em 2019, quando fez a primeira proposta para comprar o clube de Stamford Bridge.

À sua chegada, revolucionou os Blues, despedindo Marina Granovskaia, o braço direito de Abramovich na gestão do clube durante muitos anos, o então diretor desportivo, Petr Cech, e até Jason Griffin, chefe de campo desde 2003. Talvez, com o tempo, Boehly aprenda a investir também na paciência.

O seu último desejo, Kylian Mbappé, parece estar longe de ser alcançado. Salvo uma surpresa gigantesca, o dinheiro não o ajudará a atingir o seu objetivo desta vez.