Bruno Fernandes faz radiografia aos treinadores portugueses em destaque no Brasil
Abel Ferreira: "O Abel é alguém que tem tido muito sucesso no Brasil até agora. E é normal quando um treinador tem muito sucesso depois pode haver um momento que as coisas quebrem um pouquinho, mas depois voltam à normalidade, porque o que ele tem feito fê-lo ser respeitado até pelos adversários do Palmeiras. Foi por isso que funcionou muito o que ele fez até agora."
Bruno Lage: "Nunca trabalhei com ele, mas já joguei contra equipas dele. São sempre equipas com dinâmicas ofensivas muito boas e acho que, se for dado o tempo necessário, pode demonstrar o que o Luís Castro demonstrou. São treinadores que vieram de clubes grandes, como o FC Porto e o Benfica. O Bruno chegou para o lugar de um treinador que estava muito bem, e isso acaba por ser difícil. Obviamente é um treinador que tem bastantes coisas positivas e pode ajudar o Botafogo a conseguir os objetivos."
Jorge Jesus e Ten Hag: "O que os dois têm muito em comum é que são muito competitivos. Ambos querem ganhar sempre, são muito ambiciosos, taticamente os dois são muito fortes, cuidam dos pormenores. Têm ideias e maneiras de jogar diferentes, ambas são boas, precisam de adaptação aos jogadores, porque muitas vezes quem faz o treinador ser bom ou não são os jogadores. O treinador pode passar uma mensagem muito boa, mas que, se não for utilizada em campo, não vai funcionar. Com o Jorge Jesus tive um período de transição, de antes estar em clubes que não tinham o objetivo de ser campeões, e ir para o Sporting e passar a jogar por títulos, por ganhar taças e o campeonato, por estar na Liga dos Campeões. E agora estar num clube que tem uma dimensão muito maior, uma responsabilidade maior, com um treinador (Ten Hag) que é muito exigente e que tem muita capacidade de fazer com que esse clube volte a ganhar títulos, como no ano passado.
Marcel Keizer: "Teve uma influência enorme na minha dinâmica de jogo e fez com que eu fosse um jogador de Premier League. Com Jorge Jesus dei o passo para ser um jogador de clube grande, de clube que luta para ser campeão, com o Marcel Keizer fui um jogador para além disso. Ele elevou-me a um nível a que eu jamais tinha estado, de fazer 32 golos e muitas assistências. Fez com que eu chamasse atenção de todos esses clubes e realizasse o sonho de atuar no Manchester United."