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Calafiori pode ser a peça que faltava para acabar com a seca do Arsenal

Reuters
Riccardo Calafiori impressionou no Europeu
Riccardo Calafiori impressionou no EuropeuProfimedia
O Arsenal quebrou vários recordes ao ficar a um passo do primeiro título da Premier League em 20 anos na temporada passada, indicando que precisa apenas de pequenas mudanças para chegar até ao fim esta vez.

Os Gunners bateram os recordes de maior número de vitórias e maior número de golos numa época na Premier League, e só no ano em que conquistaram o título, em 2003/04, é que somaram mais pontos, mas o Manchester City manteve-se intransponível.

O treinador do Arsenal, Mikel Arteta, antigo adjunto do treinador de Pep Guardiola, sabe que para acabar com o domínio dos seus antigos empregadores a sua equipa tem de encontrar novos níveis, apesar de ter sido logo atrás do clube de Manchester nas duas últimas épocas.

"Acho que a mensagem é clara - precisamos de mais de todos. Mais de todos, inclusive de mim", disse Arteta no mês passado.

"Preciso de elevar o nível, preciso de trazer algo que ainda não trouxe. Individualmente e coletivamente. Quanto mais fizermos isso, maiores serão as hipóteses de ganhar a Premier League".

Apesar de ter a melhor defesa da Premier League na temporada passada, uma posição problemática era a lateral esquerda, e o Arsenal movimentou-se rapidamente para reforçar essa área no mercado de transferências, trazendo o italiano Riccardo Calafiori, do Bolonha.

Confortável como defesa central ou na lateral, Calafiori foi um dos raros brilhos de uma dececionante seleção italiana no Euro-2024, possuindo o conjunto de habilidades para completar uma formidável linha defensiva dos Gunners.

Para o ataque, Arteta tem pedido a contratação de um novo jogador para dar mais apoio ao internacional alemão Kai Havertz e ao recuperado Gabriel Jesus.

No entanto, o técnico espanhol está animado com o que viu de Jesus na pré-temporada, depois de o brasileiro ter sido titular apenas em 17 jogos da Premier League passada, devido a problemas físicos.

"A primeira sensação que tive quando o vi, depois de ter falado com ele no final da época, foi que ele estava diferente", disse Arteta após a vitória do Arsenal sobre o Bayer Leverkusen, na quarta-feira.

"Consegui sentir isso. A sua energia era diferente, o seu olhar era diferente, a forma como se movia era diferente", acrescentou.

A esperança é que o City, antigo clube de Jesus, tenha finalmente uma quebra de ritmo e não consiga manter os níveis incessantes que atingiu durante as inéditas quatro épocas consecutivas em que conquistou o título.

O Arsenal estará à espera, ciente de que até mesmo pequenos deslizes podem ser a diferença entre a glória e mais um fracasso.