Chelsea regista perdas na ordem dos 138ME devido às restrições impostas a Abramovich
O bilionário russo colocou o Chelsea à venda em março passado, após a invasão russa à Ucrânia, processo que foi dificultado pelas sanções aplicadas pelo Governo do Reino Unido a Abramovich.
Nessa altura, o clube não foi autorizado a vender bilhetes, o que resultou numa perda de receitas, e as despesas operacionais foram também reduzidas devido a restrições governamentais até que a venda fosse concluída no final de maio.
"Durante este período, o clube esteve restringido em várias áreas, incluindo, mas não limitado, à sua capacidade para vender bilhetes de jogo e de época, merchandising, à possibilidade de aceitar reservas, bem como de assinar contratos com jogadores e parceiros comerciais, o que, coletivamente, resultou numa extraordinária despesa e perda de receita", explicou o clube.
"Para além disso, é esperado que algumas destas limitações tenham impacto nas finanças dos próximos anos, devido ao impacto de longa data das restrições à celebração de novos acordos contratuais".
O Chelsea indicou que o seu volume de negócios aumentou de 434,9 milhões de libras (494,5 milhões de euros) no ano anterior para 481,3 milhões de libras (547,3 milhões de euros), principalmente devido ao aumento das receitas do dia de jogo e das receitas comerciais à medida que os adeptos regressavam aos estádios após a pandemia da COVID-19.
A receita comercial do clube também aumentou para 177,1 milhões de libras (201,4 milhões de euros) graças ao aumento líquido das receitas de patrocínio provenientes de novos contratos e de renovações de parceiros existentes.
"O aumento das receitas foi compensado pelo aumento das despesas operacionais, incluindo os custos do dia do jogo e os custos não relacionados com o dia do jogo, que resultaram do reinício das operações e do aumento dos custos de pessoal", acrescentou o clube.
"O acima exposto contribuiu para que o grupo registasse uma quebra antes das perdas de jogadores e despesas únicas de 26,6 milhões de libras (30,2 milhões de euros) para o ano que terminou a 30 de junho de 2022, e uma perda líquida global de 121,3 milhões de libras (137,9 milhões de euros). Apesar da perda no ano e dos desafios operacionais devido às sanções, o clube continua a cumprir os regulamentos financeiros da UEFA e da Premier League".
O Chelsea foi comprado por um grupo de investimento liderado por Todd Boehly e pela Clearlake Capital, que investiram mais de 600 milhões de libras (682 milhões de euros) nas duas últimas janelas do mercado de transferências.
O emblema londrino ocupa o 10.º lugar da Premier League e vai disputar os quartos de final da Liga dos Campeões, nos quais defrontarão o Real Madrid.