Com Jesus e Trossard, o Arsenal tem a profundidade necessária para sobreviver à reta final
Os gunners entraram na temporada com um onze inicial de classe mundial, mas não com uma grande quantidade de qualidade nas suas fileiras. Isso não causou muitos problemas no início da campanha, mas mudou quando Gabriel Jesus sofreu uma grave lesão no joelho.
A equipa de Mikel Arteta conseguiu lidar bastante bem sem o brasileiro no início, ganhando cinco dos primeiros seis jogos após a paragem para o Mundial, mas a ausência do atacante foi sentida nos quatro jogos seguintes, que terminaram em duas derrotas para o Manchester City, um empate contra o Brentford e uma derrota para o Everton.
O substituto de Jesus, Eddie Nketiah, não conseguiu marcar um único golo ou ajudar nesses jogos, apesar de ter jogado os 90 minutos completos em todos eles, e a equipa como um todo só conseguiu encontrar a rede duas vezes.
Faltava-lhes não só um ponta de lança de topo, mas também jogadores que podiam sair do banco e causar problemas à defesa adversária. Nessa altura, os adeptos do Arsenal olhavam para a reta final da época e começavam a duvidar se iriam finalmente ver a sua equipa ganhar novamente o campeonato.
Afinal, embora os dois últimos jogos da campanha, contra Nottingham Forest e Wolves, não parecessem muito difíceis na teoria, teriam de enfrentar três dos atuais seis primeiros, bem como Liverpool e Chelsea.
Contudo, à medida que se aproxima essa série de jogos, eles têm muito menos com que se preocupar, porque as questões acima referidas foram em grande parte resolvidas. Para começar, Jesus está de novo em plena forma e já está de volta ao seu melhor, marcando duas vezes contra o Brighton.
Para se ver como ele é importante para a equipa, basta olhar para o saldo nesta temporada com o brasileiro a titular: 15 vitórias, um empate e duas derrotas. Em comparação, não conseguiram ganhar oito dos 22 jogos em que ele não jogou de início.
Não só está novamente disponível, como Arteta encontrou um substituto capaz de o substituir: Leandro Trossard. O belga chegou em Janeiro, quando Jesus ainda estava lesionado, mas foi usado como alternativa a Gabriel Martinelli no início. Contra o Leicester, no final de fevereiro, no entanto, o treinador decidiu colocá-lo como avançado, o que provou ser um golpe de mestre.
O belga já fez cinco jogos na frente e soma seis assistências, sendo o criativo da sua equipa. Há poucas dúvidas de que ele é suficientemente bom para substituir Jesus, se necessário.
No espaço de pouco mais de um mês, os líderes da Premier League passaram de zero avançados de topo para dois. Mas não acredite na nossa palavra, veja os números.
Incluindo a passagem de Trossard pelo Brighton, ambos os avançados ostentam uma média de pouco mais de um golo a cada dois jogos da Premier League. Os números também são impressionantes no que diz respeito aos passes-chave, com ambos a terem uma média de mais de um por jogo.
A sua presença no XI inicial também permitiu a Arteta descansar Bukayo Saka, mantendo um dos seus jogadores mais importantes em forma e fresco.
Graças ao regresso de Jesus e ao aparecimento de Trossard, o treinador tem agora mais opções do que nunca. O técnico pode rodar os seus atacantes, minimizando as hipóteses de sofrerem uma lesão. O Arsenal tem alguns desafios difíceis no horizonte, mas uma linha da frente suficientemente boa para os enfrentar.