Recorde aqui as incidências do encontro
Na última dança entre Klopp e Guardiola para a Premier League, o alemão viu-se (muito) condicionado face às ausências por lesão, sendo Diogo Jota uma delas, e Salah no banco. Por seu lado, o espanhol só não pôde contar com Grealish, lançou Bernardo Silva no onze e deixou Rúben Dias e Matheus Nunes no banco.
Os Reds entraram na mó de cima, colocando um ritmo alto no encontro apesar da inexperiência de jogadores como Quansah ou Bradley. A frente de ataque ficou entregue ao trio Luis Díaz-Darwín-Harvey Elliot, com o uruguaio em destaque ao chegar atrasado a um bom cruzamento de Bradley e a ser apanhado em fora de jogo antes de fazer a assistência para o golo anulado ao ex-FC Porto.
Muito pressionado, foi no melhor momento do Liverpool que o City chegou à vantagem graças ao génio de Kevin de Bruyne: o belga marcou rapidamente um pontapé de canto a meia altura para o primeiro poste, apanhando toda a defesa desprevenida, para John Stones fugir à marcação e encostar.
Os tricampeões assentaram ideias, pautados por um Bernardo Silva que parece melhorar a cada jogo. O Liverpool ameaçava com a irreverência de Luiz Díaz, o mais perigoso e irrequieto na primeira parte, que em cima do intervalo ganhou espaço à entrada da área e, em zona perigosa, atirou muito torto. Antes dele, Szoboslai apareceu em boa posição, mas cabeceou por cima da trave.
Na outra área, houve alguns lampejos de Haaland, controlado, dentro do possível, por Van Dijk. O norueguês conseguiu arranjar nesgas de espaço, de forma condicionada, e não fez mais do que acertar na figura de Kelleher.
O regresso dos balneários trouxe uma avalanche de erros e más notícias para Pep Guardiola: aos 47 minutos, Aké fez um passe com pouca força para Ederson, o brasileiro hesitou, Darwín aproveitou para tocar a bola e foi derrubado de forma algo aparatosa pelo guarda-redes. Chamado a converter, Mac Allister rematou forte e colocado sem hipóteses de defesa.
Houve alguns minutos de espera antes do pontapé, já que Ederson ficou com queixas físicas e acabou por ser rendido por Stefan Ortega pouco depois. O empate e as falhas de ambas as partes abriu espaços num ambiente eletrizante em Anfield, com Kelleher a negar o golo a Foden com uma boa defesa. O público foi ao rubro com a entrada de Salah, aos 61 minutos, e com razões para isso...
No primeiro toque, o egípcio abriu a defesa contrária com um fantástico passe a isolar Luis Díaz, mas o colombiano atirou ao lado perante Ortega. Logo a seguir, Walker apareceu na altura certa para tirar o pão da boca ao colombiano, enquanto o guarda-redes alemão brilhou ao travar o remate colocado de Mac Allister. O City estava a ser sufocado...
Guardiola surpreendeu ao retirar Kevin de Bruyne e Julian Alvarez, lançando Doku e Kovacic. Ortega voltou a ser providencial ao fazer a mancha que evitou o golo de Darwín num cruzamento de Robertson; na outra área, Kelleher socou uma bola de Aké contra o corpo de Foden e viu a bola a bater na trave. Não havia golos, mas havia perigo.
Nos últimos minutos, a frescura física (e mental) de Doku era o farol ofensivo dos citizens. O belga ficou perto de despejar um banho de água gelada em Anfield com um remate cruzado que foi ao poste e voltou para as mãos de Kelleher. A última oportunidade do encontro ficou presa nos pés de Foden, que falhou o desvio de calcanhar na pequena área após novo quebra-cabeças de Doku.
Isto porque, nos últimos instantes, Cody Gakpo apareceu em excelente posição para atirar à baliza, mas tanto hesitou que acabou por se perder... No último lance, o Liverpool ficou a pedir grande penalidade por falta sobre Mac Allister. Com este empate, o topo da Premier League fica ainda mais ao rubro!
