Um jogador do Como, que não foi identificado, foi acusado de se referir a Hwang como "Jackie Chan", uma popular estrela de cinema de Hong Kong conhecida pelos seus filmes de luta, durante um jogo de treino em Espanha, na segunda-feira. Na terça-feira, Como insistiu que o seu jogador "não tinha dito nada de depreciativo" e que "devido à reação de alguns jogadores do Wolves, o incidente foi exagerado".
A Federação Coreana de Futebol (KFA) informou na quinta-feira que enviou uma carta oficial à FIFA expressando a sua "grande preocupação com os actos racistas de Hwang Hee-Chan". A carta pede à FIFA para tomar medidas e "erradicar o racismo no campo de futebol", disse a associação na sua conta oficial no X.
No início desta semana, Hwang disse no Instagram que a equipa técnica e os seus colegas de equipa disseram que deixariam o campo com ele "se necessário" após o alegado abuso. "O racismo é inaceitável no desporto e em todos os aspectos da vida", acrescentou, e o seu post recebeu mais de 143.500 gostos.
De acordo com Como, um dos jogadores disse: "Ignorem-no, ele pensa que é o Jackie Chan". O clube italiano sublinhou que o comentário era uma "referência à alcunha do jogador e às constantes referências a Channy pelos seus próprios colegas de equipa em campo".
O treinador dos Wolves, Gary O'Neil, disse que Hwang tinha todo o apoio da equipa. O avançado não é o primeiro jogador sul-coreano a ser alvo de tratamento racista enquanto joga nas competições europeias. Em 2021, oito homens foram presos na Inglaterra e no País de Gales suspeitos de twittar racialmente contra a estrela do Tottenham, Son Heung-Min.
Son disse em 2022 que enfrentou um racismo "inimaginável" quando era um futebolista adolescente na Alemanha e que estava feliz por "se vingar" quando a Coreia do Sul eliminou a Alemanha do Campeonato do Mundo de 2018.