Jorgensen e a transferência para o Chelsea: "Há um bom plano para mim"
O clube da zona elegante de Londres teve um verão agitado. Quando Jörgensen pensava que o seu futuro seria pelo Villarreal, recebeu o telefonema que terminaria com uma mala feita e um novo carimbo no passaporte.
"Recebi uma chamada do meu agente este verão a dizer que o Chelsea estava interessado. Quando o Chelsea pergunta se queres assinar um contrato, acho que deves fazê-lo", diz Filip Jörgensen ao Flashscore.
O guarda-redes dinamarquês de ascendência sueca trocou assim um futuro seguro como titular no Villarreal por um futuro incerto em Stamford Bridge. No entanto, o jovem de 22 anos não tem dúvidas de que fez a escolha certa.
"Há um bom plano para mim e acho que é um bom passo na minha carreira", vincou.
O planeamento da carreira e o facto de haver um plano de desenvolvimento foi uma das coisas que atraiu Filip Jørgensen para o Chelsea. O novo treinador, Enzo Maresca, também desempenhou um papel importante na sua decisão.
"A minha equipa e eu tivemos uma boa conversa com o clube antes de assinarmos. Tenho a certeza de que Enzo Maresca é o treinador certo para mim", acrescentou.
Maresca já beneficiou de guarda-redes dinamarqueses durante o seu tempo no Leicester, e Jörgensen também acredita que, como jogador, se enquadra bem nos planos e desejos de Maresca para a posição de guarda-redes.
"A forma como ele quer que os seus guarda-redes joguem adequa-se às minhas capacidades. Ele quer guarda-redes ofensivos que sejam bons com os pés e gosta disso em mim", afirmou.
Tempo de jogo de acordo com o plano
Jörgensen assinou um contrato com o clube londrino que vai até ao verão de 2031, uma manobra comum para Todd Boehly e para o Chelsea, mas o longo período de compromisso não dissuadiu Jörgensen.
"Não tenho medo de me comprometer durante sete anos com um clube como o Chelsea. Se fosse noutro clube, talvez tivesse", admitiu.
O Chelsea tem uma longa tradição de guarda-redes de classe mundial. O belga Thibault Courtois e o checo Petr Cech, em particular, destacam-se quando se olha para a lista ao longo dos anos.
A atual não tem o mesmo calibre em termos de nomes. Para além de Filip Jørgensen, três outros guarda-redes fazem parte do plantel da equipa principal, se o website do clube tiver conseguido acompanhar o rápido carrossel de transferências.
O espanhol Robert Sanchez, o inglês Marcus Bettinelli e o finlandês Lucas Bergström, de 21 anos, são os concorrentes de Jörgensen. Até agora, o tempo de jogo tem sido dividido entre Jörgensen e Sanchez, com o dinamarquês a jogar na Europa, enquanto Sanchez disputou os três jogos da Premier League.
A situação está totalmente de acordo com o plano, diz Jörgensen.
"Neste momento, disseram-me que ia jogar na Europa, mas as coisas podem sempre mudar rapidamente no futebol. Há também uma grande diferença entre a LaLiga e a Premier League e é preciso habituarmo-nos a isso, mas não é algo que me preocupe", garantiu.
Por outro lado, não há dúvida de que Jörgensen quer ser o guarda-redes titular. Em Espanha, já o era, mas reconhece que o Chelsea é um passo em frente nesse sentido.
"O Chelsea é um dos maiores clubes do mundo. Por isso, posso não ser o guarda-redes titular neste momento, mas espero sê-lo em breve", afirma o dinamarquês.
"O Chelsea é uma equipa normal"
A porta giratória tem estado ocupada no centro de treinos de Cobham, nos arredores de Londres. Foram 13 jogadores que chegaram e 18 que deixaram o clube, além dos que foram emprestados.
No entanto, devido ao número semelhante de aquisições em janelas de transferências anteriores, houve muitas piadas nas redes sociais sobre o tamanho do plantel do Chelsea.
"O treinador já respondeu a isso. Temos 22-23 jogadores em treino, por isso é normal. Já vi todos os memes, mas somos uma equipa normal", diz o guarda-redes dinamarquês com um sorriso irónico.