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Lampard: "Chelsea habituou-se a sucessos, mas já não está nesse nível e é evidente porquê"

André Guerra
Lampard foi muito crítico com os jogadores e disse que a equipa foi macia diante do Arsenal
Lampard foi muito crítico com os jogadores e disse que a equipa foi macia diante do ArsenalAFP
Leia abaixo as declarações de Frank Lampard após a derrota do Chelsea na visita ao terreno do Arsenal (3-1), o sexto desaire consecutivo da equipa em seis jogos desde que o técnico voltou a assumir o comando do clube.

Recorde aqui as incidências do encontro

Análise: "Desempenho na primeira parte não foi sequer perto do aceitável, fomos muito bonzinhos, demasiados passivos defensivamente, demos-lhe o espaço que quiserem, mudaram de posição com posse, ganharam as segundas bolas... todas as coisas que fazem de nós uma equipa simpática para defrontar. E claro que, contra uma boa equipa, chegamos ao intervalo a perder 3-0. A segunda parte foi muito melhor, mas o resultado já estava praticamente confirmado".

Época para esquecer: "O Chelsea está habituado a muito sucesso nos últimos 20 anos a nível doméstico e internacional, mas já não estamos nesse nível. No tempo em que estou aqui é bem evidente e claro de ver, nos bastidores e no campo de treino, as razões porquê. Se queremos ser uma equipa boazinha, a fazer passes curtos o tempo inteiro, sem progressão, sem a responsabilidade de segurar a bola no ataque e correr nas costas, aquilo que fizemos na segunda parte, então não interessa se visitamos o Arsenal ou qualquer outra equipa da Premier League. Essas coisas talvez não mudam do dia para a noite, mas temos de melhorar rapidamente porque temos já um jogo no fim de semana".

Críticas justas à equipa: "A natureza passiva do nosso jogo é resultado de muitas coisas, a resposta fácil é dizer que ninguém se importa, mas os jogadores importam-se muito. Jogámos no Chelsea, há um nível que é preciso de ter, podes não ter confiança, mas ainda assim demonstrar dinamismo, há um coletivo. O Arsenal tem bons jogadores, mas não os fizemos sentir pressionados, nada daquilo que falamos antes do jogo. Talvez não interessa saber qual é a razão principal para os problemas, porque só vamos sair deles com trabalho árduo e perceber o que é preciso fazer. Neste momento, estamos algo condicionados e é muito fácil jogar contra nós. É isso que temos de mudar".

Leia aqui a crónica do Flashscore

Fosso para as outras equipas: "Durante muito anos o fosso era ao contrário, mas isto é futebol. Temos de perceber e não pensar muito nisso, pensar em nós e na nossa exibição. Do que esta época nos diz, do início até ao fim, os golos que marcamos e os pontos que temos não é uma época normal do Chelsea, temos de encontrar a razão. Não há uma solução a pronto, as coisas não funcionam assim. Na primeira parte fomos macios e não competimos, é algo que tem mesmo de ser corrigido".

Pouca diferença entre as duas equipas no papel: "(O Arsenal) é uma equipa que está a ser construída há 2 ou 3 anos, acrescentaram jogadores de qualidade em todas as posições, têm grandes jogadores, os dois extremos são um bom exemplo disso e depois trabalham numa ideia. As coisas tornaram-se naturais assim. Para mim é impossível fazer isso em 3 semanas, não basta fazer isso no treino uma vez, é preciso trabalhar e repetir. Se não fizerem isso não jogam. É esse o processo num clube de topo".

Longe das respostas: "A resposta principal é bastante simples: temos de fazer mais e só assim vamos melhorar. Neste momento não estamos a progredir porque é o que os resultados nos mostram. A primeira parte não esteve sequer perto do nível exibicional para os jogadores que temos e onde queremos estar. É esta a realidade, precisamos de melhorar como clube aquilo que queremos fazer e o quão agressivos queremos ser. O futebol move-se rápidamente, temos de ser agressivos a lidar com aquela primeira parte, mas trata-se de ações e não palavras".

Aubameyang"Não quero comentar invidualidades. A exibição foi coletiva. Percebo a pergunta, porque os adeptos do Chelsea dizem que os jogadores não se importam. Eu não acredito nisso, os rapazes querem jogar bem pelo clube. Mas têm de perceber o que isso significa e a responsabilidade que isso carrega todos os dias. Dos treinos à semana, da preparação, de como te geres, mas isso é em coletivo. Se é para falar de individualidades, falo do Noni (Madueke), marcou um golo e jogou como tem treinado, esse é um bom exemplo. Vai ter mais oportunidades".