"Não tenho uma bola de cristal. Roberto De Zerbi conhecia o ambiente e o ADN deste clube desde as nossas primeiras conversas. No seu passado, já viveu estes ambientes apaixonantes e isso é importante para mim do ponto de vista psicológico. Depois, é um treinador jovem, que já realizou projetos a médio prazo, como no Sassuolo, e tem a capacidade de construir uma equipa, uma identidade", analisou o dirigente.
"Este tipo de treinador moderno e inovador permite olhar para longe: é um treinador que tem realmente muito potencial e nós tínhamos de encontrar um projeto ad hoc com um alinhamento total entre todas as partes, desde o proprietário a todos os dirigentes. O que Roberto nos pediu, precisamente, foi esse alinhamento. Ele não esperava que tudo fosse feito por ele, queria explicar o seu projeto, a sua visão a Frank McCourt", prosseguiu.
"Há uma vontade muito forte por parte de todos, a começar pelo proprietário. Queremos construir, que o projeto dure o mais possível. Temos de insistir na mesma mensagem, bater como um martelo todos os dias. Desde que sou presidente, De Zerbi é o único treinador a quem foi proposto um contrato de três anos. Se trouxermos jogadores mais jovens para um clube como o Marselha, corremos um risco desportivo, mas se dermos continuidade, podemos ter benefícios desportivos e financeiros", completou.
Longoria defendeu ainda a ideia de que o Marselha tem a "obrigação" de estar constantemente na maior prova europeia a nível de clubes: "Os resultados desportivos são o mais importante, o Marselha tem a obrigação de estar na Liga dos Campeões todas as épocas. Temos de meter isto na cabeça. Em três anos, queremos estabelecer-nos entre os vinte e quatro melhores clubes europeus, graças também ao novo formato da Liga dos Campeões".