Manchester City pressionado a dar a volta ao momento negativo, a começar pelos Spurs
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Os Spurs, de forma algo poética, iniciaram a série de derrotas consecutivas do City ao vencer 2-1 na Taça da Liga inglesa, na véspera do Dia das Bruxas.
As derrotas chocantes com Bournemouth, Brighton e o Sporting, de Ruben Amorim, colocaram Pep Guardiola numa posição desconfortável antes da pausa internacional de novembro.
Como chegámos até aqui?
Pode ser apenas um homem, mas a ausência de Rodri, detentor da Bola de Ouro, devido a uma lesão no ligamento cruzado anterior em setembro, teve certamente um impacto. Mesmo assim, o City conseguiu uma série de resultados positivos - seis vitórias e um empate - logo após a lesão do espanhol. Outras lesões de jogadores importantes, como Kevin De Bruyne e Ruben Dias, também não ajudaram.
Talvez as 115 acusações da Premier League por violação dos regulamentos financeiros - que o City nega - também estejam a ter um impacto invisível. Ou talvez seja apenas, como disse o antigo treinador do Manchester United, Erik ten Hag, que as eras chegam ao fim.
Não, não é isso. O City continua a ser uma das equipas mais temidas do mundo, isso não mudou. Mas está numa posição delicada no que diz respeito à época em curso. Com a vantagem de ter um plantel recheado de estrelas, é quase certo que o City vai conseguir melhorar o momento na Liga dos Campeões, mas o título da Premier League ameaça escapar.
Estamos a um mês do Natal e das discussões sobre "será que o líder ainda estará no topo em maio?", mas não se deixem enganar, porque o City fará tudo para ser essa equipa.
A turma de Guardiola está atualmente a cinco pontos do líder Liverpool, que está numa série invicta de sete jogos sob a tutela do novo treinador Arne Slot.
A diferença nesta fase não deve ser muito celebrada pelos adeptos do Liverpool, mas certamente há um burburinho em Anfield.
Voltando aos trilhos
Vencer o Tottenham em casa este fim de semana é imperativo para o Man City. Guardiola tem tido dificuldades contra os londrinos ao longo dos anos, mas não pode se dar ao luxo de perder ainda mais pontos com a frequência com que tem feito.
O Liverpool enfrenta o lanterna-vermelha Southampton no próximo jogo, o que deve ser visto pelo City como mais três pontos para os Reds.
Os resultados destes dois jogos terão um impacto direto no ambiente em Anfield, uma semana depois, no domingo, quando o Manchester City viajar pela M62 até Merseyside.
Guardiola pode ter um pesadelo se o Liverpool vencer o Southampton, o City perder pontos contra os Spurs e depois sofrer uma derrota em Anfield. Dependendo desses três jogos, o City poderá ultrapassar o Liverpool - à frente por um ponto - ou ficar 11 pontos atrás dos Reds.
Otimismo para o City
A boa notícia para os tetracampeões é que o Tottenham de Ange Postecoglou não é uma força impenetrável. Os Spurs golearam o Aston Villa por 4-1 depois de vencerem o City, mas desde então sofreram derrotas com Galatasaray e Ipswich Town - esta última particularmente notória.
E com as lesões de jogadores importantes como Micky van de Ven, Cristian Romero e Richarlison, os londrinos podem ser a equipa que vai começar e terminar a série de vitórias do City.
Com De Bruyne novamente disponível e Erling Haaland bem produtivo durante a pausa internacional com a Noruega (quatro golos e uma assistência em dois jogos), esta é uma grande oportunidade para os homens de Guardiola voltarem ao bom caminho.
Os Citizens também estão animados com a recente notícia da extensão de contrato de Guardiola. O regresso aos triunfos antes da deslocação a Anfield é muito importante, pois o City quer enfrentar o rival com o rabo de fora e não com o rabo entre as pernas.
Mas a potencial reviravolta deve começar com os Spurs.