Mauricio Pochettino: "Todos temos de provar que merecemos estar aqui na próxima época"
A goleada de 5-0 sofrida diante do Arsenal, líder da Premier League, na terça-feira, foi a maior derrota do Chelsea em mais de cinco anos.
A humilhação veio dias depois de uma eliminação nas meias-finais da Taça de Inglaterra, às mãos do Manchester City, o que fez com que o clube enfrentasse a terceira época consecutiva sem qualquer título.
Ainda há a possibilidade de se qualificar para a Liga Europa ou para a Liga Conferência da próxima temporada.
Mas, após a capitulação no Emirates Stadium, o técnico do Chelsea, Pochettino, teve de lidar com um plantel emocionalmente abalado, acusado de falta de luta.
O argentino disse que há um mês crítico pela frente, não apenas para ele, mas para seus jogadores, se quiserem convencer a hierarquia do clube de que merecem um futuro em Stamford Bridge.
"Parece que só eu preciso de provar o meu valor, não é? É sempre o treinador que tem de provar que merece estar aqui na próxima época. Mas todos nós somos responsáveis pela situação. Todos temos de provar que merecemos estar aqui na próxima época", afirmou Mauricio Pochettino.
Pochettino disse que espera ter Cole Palmer disponível para a viagem de sábado ao terreno do quarto classificado, o Aston Villa, depois do melhor marcador da equipa ter falhado o jogo com o Arsenal.
Mas a situação geral de lesões do Chelsea não mostra sinais de melhora. É provável que 12 jogadores não estejam presentes no jogo com o Aston Villa, sendo Raheem Sterling e Carney Chukwuemeka as últimas dúvidas.
Enzo Fernandez perderá o resto da temporada depois de ser submetido a uma cirurgia na virilha.
Pochettino enfrenta uma tarefa árdua com um plantel frágil, enquanto tenta alcançar uma possível salvação, como uma vaga na Europa.
No entanto, Pochettino não escondeu que, independentemente dos obstáculos que se colocam ao Chelsea, a falta de motivação dos jogadores não é um deles.
"Se pensamos que somos responsáveis por motivar os jogadores? Isso é difícil de aceitar", disse.
"Se jogas no Chelsea, a motivação está lá, mesmo que jogues um amigável. Se me perguntarem se precisamos de motivar os jogadores para jogar amanhã ou depois de amanhã, acho que temos um grande problema. Não creio que a motivação seja o problema. O problema é ter a capacidade de atuar. Não podemos dar-lhes desculpas para não atuarem e estarem concentrados. Mas, ao mesmo tempo, somos um grupo de pessoas. Não somos máquinas. Nalgumas circunstâncias, perde-se um pouco a referência das coisas", explicou o treinador.