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Neste duelo entre dois gigantes à procura da glória de outrora, Bruno Fernandes e Dalot foram titulares, Ten Hag deixou cair do onze titular Rashford, que tem estado numa quebra de forma, e entregou o músculo do meio-campo a Amrabat e a McTominay. Por seu lado, Pochettino não pôde contar com o suspenso Connor Gallagher e Mudryk entrou para oferecer mais velocidade.
Os Red Devils entraram a todo o gás e apresentaram os melhores 20 minutos da época, criando um conjunto de boas oportunidades e beneficiando de uma grande penalidade, aos seis minutos, por falta de Enzo Fernández sobre Anthony. Chamado a converter, o capitão Bruno Fernandes fez a paradinha, Robert Sánchez não se deixou enganar e travou o remate do português.
O Chelsea demonstrava dificuldades em suster o meio-campo caseiro, mas ameaçava no contra-golpe com a velocidade de Sterling e Mudryk, sem a eficácia necessária. O jogo pendia totalmente para o United, com o tento inaugural a surgir com naturalidade, num resumo do que se via dentro de campo: Amrabat limpou o miolo, Garnacho, com muito espaço, cruzou e McTominay apareceu entre os centrais para, à segunda, abrir o ativo.
Depois de uma paragem para consulta no VAR, o ritmo diabólico dentro das quatro linhas levava oportunidades para as duas áreas: Sánchez continuava a brilhar na baliza dos blues ao negar o bis de McTominay depois de um belo cruzamento de Bruno Fernandes, do outro lado, Onana foi muito rápido a tirar o pão da boca a Nicolas Jackson, e depois, num ataque rápido Mudryk enganou e tirou o camaronês da jogada, mas a bola saiu ao lado do poste.
Do nada, surgiu o golo do empate num lance que simboliza o trabalho feito por Pochettino. Dois passes, o de Thiago Silva e de Mudryk, quebraram as duas linhas mal-organizadas do United, Cole Palmer recebeu à entrada da área e com um remate cruzado colocado atirou para longe do alcance de Onana.
Um perfeito resumo da época macuniana: não castigar quando se está bem e sofrer num apagão coletivo.
No regresso dos balneários, Ten Hag lançou Reguillón e Pochettino retirou Cucurella, que estava a ser o pior elemento dos forasteiros, para lançar o recém-apto Reece James. Nicolas Jackson desperdiçou a cambalhota no marcador num cabeceamento ao segundo poste, do outro lado Garnacho tentou fazer magia, mas o remate em arco saiu agonizantemente ao lado do ângulo.
Anthony e Bruno Fernandes tentavam agitar com lances individuais apesar de não estarem em noite particularmente inspiradora. Quem estava era McTominay que, aos 69 minutos, conseguiu finalmente o seu bis num lance constante ao longo de todo o jogo, aparecendo sozinho na área para finalizar, neste caso ao cruzamento milimétrico de Garnacho ao segundo poste.
Logo a seguir, após um erro de Sánchez na entrega de bola, o escocês podia ter feito o hat-trick com um remate de pé esquerdo que saiu (demasiado) desajeitado. Com o Chelsea balanceado na frente, Garnacho teve duas excelentes oportunidade para matar o jogo, mas, na primeira, Reece James fez uma recuperação estupenda e impediu o remate do jovem argentino, na segunda o desvio ao cruzamento de Reguillón saiu ligeiramente ao lado.
A 10 minutos do fim, o Manchester United somava 27 remates, contra apenas 8 do Chelsea. Parecia adivinhar-se mais uma hecatombe no Teatro dos Sonhos, porém Enzo Fernández tentou a finalização mais difícil após um cruzamento de Palmer e perdeu a melhor hipótese para empatar até ao apito final. Do outro lado, Ten Hag lançou Rashford.
Mas foi outro recém-entrado que esteve perto do golo, Armando Broja só não deitou um balde de água gelada em Old Trafford porque o poste se colocou à frente do seu cabeceamento. O United regressou ao caminho das vitórias e sobe ao sexto lugar, ficando a três do top-4.