Arteta tem sido alvo de críticas por ter utilizado o médio ganês Thomas Partey como lateral-direito, com licença para se movimentar no ataque, nos três primeiros jogos do Arsenal na Premier League.
A experiência de Arteta segue-se ao facto de o treinador do Liverpool, Jurgen Klopp, ter utilizado o defesa Trent Alexander-Arnold no meio-campo, e do treinador do Manchester City, Pep Guardiola, ter feito o mesmo com o defesa-central John Stones.
Mas os resultados têm sido diferentes para os Gunners, que abriram a sua luta pelo título com vitórias pouco convincentes sobre o Nottingham Forest e o Crystal Palace, seguidas de um empate contra o Fulham, reduzido a dez jogadores.
Questionado sobre se lhe apetecia voltar à abordagem da época passada para o jogo de domingo com o Manchester United, Arteta comparou o dilema com os desafios que enfrenta no trajeto entre a sua casa e o centro de treinos do Arsenal, em London Colney.
"Todas as manhãs vou da minha casa para Colney. Às vezes saio às seis e tenho de ir ao para-brisas porque está gelo. Às seis horas, normalmente, vou pela Finchley Road e depois pela A21, porque é mais rápida", disse Arteta aos jornalistas, na sexta-feira.
"Agora a Finchley Road está a 32 quilómetros por hora, por isso às vezes vou pelas traseiras. Mas depois apanho a M25. Mas, dependendo se é um passeio escolar, apanho uma saída. Se for depois das sete horas, apanho uma saída diferente e depois vou embora", disse o treinador.
Embora a M25 - uma autoestrada que circunda os arredores de Londres - tenha levado muitos condutores à distração, Arteta estava a tentar usar a sua resposta bizarra para ilustrar as diferentes escolhas tácticas que enfrenta contra adversários variados.
"Um dia tenho um pneu furado, o que é que faço? Se calhar tenho de o substituir porque há ali uma oficina. Portanto, cada jogo é uma história diferente, malta", disse o espanhol.
"Se tivermos outra lesão, vamos ter de fazer outra coisa. Se o Bukayo (Saka) não estiver presente, vamos ter de fazer outra coisa. Portanto, a M25 não será suficiente. Talvez tenhamos de apanhar outra. Se falar com um taxista que conhece toda a cidade de Londres há 20 anos, não sei nada comparado com ele, porque me vai dizer todas as ruas e opções na melhor altura", afirmou ainda.