Um semblante despreocupado, os braços encolhidos para cima e para baixo. A celebração de Cole Palmer é reconhecida e emulada um pouco por todo o mundo, num gesto que simula alguém com frio e que já é icónico.
Este sábado, diante do Brighton, o extremo repetiu o gesto em quatro ocasiões: 21’, 28’ (um penálti à panenka), 31’ (num belo livre) e 41. No espaço de 20 minutos um poker para a história – nunca um jogador tinha conseguido fazer isto nos primeiros 45 minutos – e o mesmo semblante despreocupado de quem parecia apenas limitar-se a fazer o seu trabalho.
Contratado ao Manchester City na época passada, então um jovem à procura de mais minutos que aqueles que ia ter na equipa de Pep Guardiola, Palmer é já uma figura de culto no Chelsea. Tem tantos hat-tricks com a camisola blue na Premier League como Frank Lampard e Didier Drogba (três) e desde setembro de 2023 é o jogador com mais participação direta em golos no principal escalão inglês (28 marcados e 15 assistências, mais quatro que Haaland – 34 festejados e cinco passes decisivos).
A avaliar pelas vezes que a celebração se repetiu, parece que faz frio em Stamford Bridge, e isso deixa os adeptos do Chelsea a sorrir. Apesar das muitas confusões fora do relvado (50 jogadores contratualmente ligados, dispensas do plantel litigiosas como Sterling ou Chilwell) e da falta de um projeto desportivo, o emblema londrino segue no quarto lugar com 13 pontos, a dois do líder Liverpool, e com o melhor ataque da prova. E bem que pode agradecer a Col(d) Palmer.
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