Visualmente, parecia ser uma reacção no "calor do momento" do árbitro do jogo, depois de o escocês o ter abordado logo após o apito para o intervalo. Robertson protestou, naturalmente, contra o que tinha acontecido ao árbitro Paul Tierney, que acabou ainda a mostrar-lhe um cartão amarelo.
Uma análise mais atenta das filmagens do jogo refuta as sugestões que o defesa do Liverpool tivesse empurrado Hatzidakis, como alguns comentários iniciais fizeram crer.
Talvez a atitude pudesse ser inteiramente atribuída a uma reacção no "calor do momento", mas o árbitro não pode ficar impune perante este incidente.
Não é tanto um caso de demonização de Hatzidakis, mas sim da forma como a mensagem poderia passar se as figuras de poder não fizerem dele um exemplo.
Tirá-lo das nomeações para os jogos da Premier League, ou baixando-o para jogos da EFL - a título temporário - já seria algo a ter em conta.
Outros árbitros, quer sejam jovens aspirantes ao nível das bases ou aqueles que já trabalham nas ligas inferiores do país, não podem acreditar que é aceitável agir desta forma, pensando que "se alguém no topo conseguir escapar, talvez eu também consiga".
Alguns comentadores têm sugerido que não é uma situação tão relevante assim, mas eu estou mais inclinado a compará-la a um segurança de um clube que agride um cliente desordeiro.
Estas figuras de autoridade são supostamente as que devem manter a calma e ajuizar, não participar em qualquer loucura.
Pelo que vale, a PGMOL disse que iria investigar a situação, garantindo que a mesma seria "revista na íntegra". Entretanto, o organismo anunciou que não vai nomear o árbitro para qualquer jogo até que a investigação seja concluída.
Este foi um incidente único e só o tempo dirá como irá afetar Hatzidakis e, mais amplamente, o estado de arbitragem no país.