Os negócios mais badalados de trocas de jogadores na Premier League

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Os negócios mais badalados de trocas de jogadores na Premier League

Ashley Cole em ação pelo Chelsea em 2013
Ashley Cole em ação pelo Chelsea em 2013Profimedia
Apesar de terem saído de moda na última década, as trocas de jogadores voltaram a ser uma realidade, já que os clubes da Premier League tentam contornar as rígidas diretrizes das novas Regras de Rentabilidade e Sustentabilidade (PSR, em inglês).

Até agora, neste verão, assistimos a uma troca direta entre o Aston Villa e a Juventus, com Douglas Luiz a ir para Itália para permitir que Samuel Iling Junior e Enzo Barrenechea (bem como algum dinheiro muito necessário) fossem para o outro lado.

Alguns clubes também venderam um jogador a uma equipa e depois compraram outro jogador à mesma equipa, outra forma de contornar regulamentos complicados.

Assim, fica a pergunta: quais foram as maiores trocas de jogadores da história da Premier League? O Flashscore decidiu dar uma olhadela.

Uma pequena ressalva: o negócio tem de envolver um clube da Premier League. Muitos desses negócios também envolveram algum dinheiro numa direção ou outra para adoçar o processo.

Ashley Cole e William Gallas (Arsenal e Chelsea)

Até hoje, uma das melhores trocas entre clubes da Premier League e talvez também uma das melhores negociações de todos os tempos, o Chelsea abriu mão de William Gallas e de cerca de 5 milhões de libras para garantir a transferência de Ashley Cole para Stamford Bridge em 2006. Cole foi um excelente representante do Arsenal e disputou 228 partidas antes de se transferir para o Chelsea, depois de ter participado na icónica época dos Invencíveis.

O mesmo aconteceu com Gallas, que fez um bom trabalho nos Blues durante os cinco anos em que esteve no clube, vencendo a Premier League duas vezes antes de exigir ser dispensado e ameaçar marcar golos na própria se fosse obrigado a ficar.

Cole viu-se em situação semelhante, desesperado para deixar os gunners e, por fim, os dois clubes chegaram a um acordo.

Gallas esteve muito bem no Arsenal, sem conquistar nenhum título importante, mas foi Cole e o Chelsea que saíram vitoriosos.

O inglês conquistou mais um título da Premier League, quatro Taças da Inglaterra, uma Taça da Liga, a Liga Europa e a Liga dos Campeões, tornando-se amplamente considerado um dos melhores laterais-esquerdos de todos os tempos.

David Luiz e Nemanja Matic (Benfica e Chelsea)

Outro negócio a envolver o Chelsea - desta vez com um clube estrangeiro - viu o clube trocar o então jovem Nemanja Matic, de 20 anos, mais algum dinheiro (alegadamente cerca de 20 milhões de libras) pelo entusiasmente defesa brasileiro David Luiz, em 2011.

Na altura, Matic era um jovem médio que ainda não tinha deixado a sua marca em Inglaterra, enquanto Luiz impressionava pelo Benfica. O brasileiro passaria três anos no Chelsea antes de ir para o PSG, mas voltaria a Londres dois anos mais tarde, totalizando 248 jogos pelos blues, conquistando vários troféus no processo.

Um jogador poderia ter sido suficiente para a equipa londrina, mas não, pois o clube também voltou a contratar Matic três anos depois da troca e este tornou-se num dos melhores médios do campeonato, conquistando o título por duas vezes.

Luiz (esq.) e Matic em ação no Chelsea
Luiz (esq.) e Matic em ação no ChelseaProfimedia

Andy Cole e Keith Gilespie (Newcastle e Manchester United)

Talvez a melhor troca de um clube na história da Premier League, Andy Cole saiu do Newcastle para o Manchester United, em 1995, por cerca de 7 milhões de libras, e o extremo Keith Gillespie foi para o outro lado.

Cole tinha sido excelente no Newcastle, tendo marcado 55 golos no campeonato, enquanto Gillespie só tinha jogado 14 vezes pelo United O que tornou o negócio ainda mais estranho foi o facto de os Magpies estarem a lutar pelo título nessa altura, desafiando diretamente os adversários pelo campeonato.

Cole tornou-se um dos maiores avançados de todos os tempos depois de formar uma parceria formidável com Dwight Yorke. Terminou a carreira com 187 golos na Premier League - o quarto maior número de todos os jogadores de sempre - e fez parte da famosa equipa do United que conquistou o triplete.

Já Gillespie não teve tanta sorte, mas ainda assim teve uma carreira sólida na primeira e na segunda divisão do futebol inglês e jogou 86 vezes pela Irlanda do Norte.

Fernando Torres e Luis Garcia (Atlético de Madrid e Liverpool)

Em 2007, o Liverpool pagou 23 milhões de libras mais Luis Garcia para garantir os serviços do então avançado do Atlético de Madrid, Fernando Torres.

El niño chegou com muito entusiasmo após algumas temporadas impressionantes na LaLiga, enquanto Garcia jogava cada vez menos pelos Reds, embora tenha participado em duas finais da Liga dos Campeões. Torres destacou-se imediatamente em Inglaterra, com 24 golos na época de estreia no campeonato, e viria a disputar 142 jogos pelo Liverpool, marcando 81 golos.

A posterior transferência para o Chelsea foi um fracasso e nunca mais conseguiu atingir o mesmo nível de antes, com a carreira a desacelerar gradualmente.

Garcia teve menos impacto em Espanha e reformou-se em 2016, após passagens pelo México, Índia e Austrália.

Jermain Defoe e Bobby Zamora (West Ham e Tottenham)

No último negócio que vamos analisar, o Tottenham desembolsou cerca de 7 milhões de libras e Bobby Zamora para garantir os serviços do avançado Jermain Defoe, do West Ham.

Na altura, Defoe era um dos jovens mais promissores da Inglaterra e acabou por cumprir esse potencial ao marcar 143 golos em duas passagens pelos Spurs.

Fez também muitos golos no Portsmouth entre as duas passagens por Londres e fez parte de outra grande troca - regressando à Premier League com o Sunderland após um período na MLS, com Jozy Altidore a ir para o outro lado.

Defoe encerraria a carreira com 162 golos na Premier League, o que o coloca entre os 10 melhores marcadores de todos os tempos da competição.

A transferência de Zamora também correu bem, já que levou o West Ham à subida de divisão em 2005.

Zamora marcou regularmente na Premier League pelos Hammers e depois pelo Fulham, antes de ir para o QPR, onde desceu e ajudou o clube a voltar à primeira divisão mais uma vez através dos play-offs.

Outras trocas icónicas pelo mundo

Zlatan Ibrahimovic e Samuel Eto'o (Inter e Barcelona)

Alexis Sánchez e Henrik Mkhitaryan (Arsenal e Manchester United)

Roberto Carlos e Ivan Zamorano (Inter e Real Madrid)

Fabio Cannavaro e Fabian Carini (Inter e Juventus)

Ian Wright e algum equipamento desportivo (Greenwich Borough e Crystal Palace)