Pochettino pede desculpa pelo "nervosismo e stress" do Chelsea
Recorde as incidências da partida
Os homens de Pochettino também foram goleados por 4-1 pelo Liverpool na semana passada e o argentino disse que o "stress" da sua difícil primeira época no comando de Stamford Bridge estava a ter um impacto no seu jovem plantel.
O décimo golo de Cole Palmer na Premier League em apenas 20 jogos pelo Chelsea colocou a equipa da casa na frente.
Mas o Wolves voltou a marcar para garantir a sua primeira vitória em Stamford Bridge desde 1979, graças ao "hat-trick" de Matheus Cunha, enquanto o auto-golo de Axel Disasi fechou a miséria do Chelsea.
"Quando marcámos o jogo era para nós. Depois, quando sofremos um golo, começamos a ficar nervosos e não gerimos bem o stress", disse Pochettino.
"Foi difícil gerir a equipa, o stress. Tivemos oportunidades para fazer o 2-2, mas depois sofremos o terceiro golo. Estamos muito desiludidos, pedimos desculpa aos adeptos e agradecemos àqueles que ficaram e apoiaram a equipa até ao fim. Lamentamos e estamos desiludidos", acrescentou o treinador.
"Claro que acho que podemos mudar, ficámos muito desiludidos depois do Liverpool e hoje estava 1-0, mas cometemos demasiados erros que não podemos cometer na Premier League", assumiu Pochettino.
O Chelsea gastou mais de mil milhões de euros em novos jogadores desde que o consórcio do coproprietário dos Los Angeles Dodgers, Todd Boehly, assumiu o controlo do clube há menos de dois anos.
Mas o clube tem vindo a regredir em campo desde que despediu Thomas Tuchel no início da época passada, e os adeptos fizeram ouvir a sua voz quando os homens de Pochettino foram vaiados no final da partida.
Pochettino tem a oportunidade de dar a volta à situação na final da Taça da Liga, contra o Liverpool, no final deste mês, mas disse que o seu foco imediato era a repetição da Taça de Inglaterra, contra o Aston Villa, na quarta-feira.
"É claro que a desilusão é enorme", acrescentou Pochettino.
"Começámos a jogar com nervosismo, tomámos decisões precipitadas, temos de nos recompor e estar prontos para a Taça de Inglaterra, na quarta-feira, contra o Aston Villa. É normal que não estejamos a corresponder à história do clube. É um projeto diferente e é uma questão de tempo, mas é difícil para mim estar sempre a dizer (que precisamos de mais) tempo, tempo, tempo. Temos de mostrar mais e as circunstâncias são difíceis. Estávamos bem até ao Liverpool, mas depois do Liverpool e do Wolves é como se tudo estivesse a correr mal", explicou.
A vitória elevou o Wolves acima do Chelsea para o 10.º lugar, numa primeira época impressionante sob o comando de Gary O'Neil.
"Foi um desempenho de equipa muito bom e agradável para nós, não posso mentir", disse O'Neil, cuja equipa sofreu um golo aos 90+7 minutos e perdeu por 3-4 com o Manchester United na quinta-feira.
"Já recuperámos muitas vezes de contratempos. Sofremos um desgosto há três dias, depois de nos termos esforçado ao máximo para recuperar contra o Manchester United, mas fomos diretos ao assunto. Estou muito satisfeito, 32 pontos é algo de que o grupo se deve orgulhar nesta fase e vamos ver até onde podemos ir", acrescentou o treinador do Wolves.