Pochettino pressionado após cânticos a pedir Mourinho: "Os adeptos precisam de confiar em nós"
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A equipa foi assobiada após a derrota em casa por 4-2 contra o Wolverhampton Wanderers no domingo e os adeptos até gritaram o nome do antigo treinador do Chelsea, José Mourinho.
Na quarta-feira, o Chelsea visita o Aston Villa, que está em alta, na quarta eliminatória da Taça de Inglaterra, onde uma nova derrota colocaria ainda mais pressão sobre Pochettino.
Ao dirigir-se aos meios de comunicação social na terça-feira, o argentino foi questionado sobre as suas declarações após o jogo contra o Wolverhampton, quando disse que os seus jogadores, que tinham sido muito caros, não tinham sido suficientemente bons, e também foi obrigado a responder aos comentários nas redes sociais feitos pela mulher de Thiago Silva, que apelava a mudanças no clube.
Foi uma hora de almoço desconfortável para um treinador que ainda está a lidar com um novo projeto do Chelsea, que viu quase mil milhões de euros serem gastos em contratações desde que Todd Boehly assumiu o comando do clube em maio de 2022.
O Chelsea está em 11.º lugar na Premier League e, embora tenha uma final da Taça da Liga contra o Liverpool pela frente este mês, Pochettino parece não estar mais perto de resolver o puzzle que herdou quando aceitou o cargo.
O argentino, no entanto, insiste que tem o apoio dos proprietários e não tem problemas com nenhum dos seus jogadores.
"Não ouvi (nada) de outra forma. Recebi mensagens muito boas deles", disse Pochettino, antigo treinador do Tottenham e do Paris St Germain, aos jornalistas. "Penso que estamos todos juntos nisto e isso é importante. Claro que estou em contacto com eles e com o diretor desportivo todos os dias".
Preços elevados aumentam dificuldade
Parte do problema para Pochettino é não conseguir estabelecer um estilo reconhecível para um grupo de jogadores que chegaram com preços elevados, mas com pouca experiência na Premier League - jogadores como Moises Caicedo, Noni Madueke, Mykhailo Mudryk e Nicolas Jackson, que têm tido dificuldades em manter a consistência.
Outro problema é que jogadores experientes, como Raheem Sterling e Thiago, estão a ter um desempenho abaixo do esperado.
Apesar de o ambiente não se ter tornado tóxico para Pochettino, a apatia que se abateu sobre Stamford Bridge esta época ainda não convenceu os adeptos sobre a decisão do clube de investir em talentos de futuro em vez de em jogadores prontos.
"Precisamos de estabelecer uma boa ligação com eles. Os adeptos têm de compreender que, quando se vai para Stamford Bridge, o Chelsea, o projeto e tudo o resto é diferente", disse Pochettino.
"Os adeptos precisam que nós vejamos que nos preocupamos e que os jogadores se preocupam, e prometo-vos a vocês e aos adeptos que os jogadores querem jogar e ganhar jogos. Os adeptos precisam de confiar em nós. Temos de proporcionar a calma necessária para que os jogadores se sintam à vontade para jogar".
Questionado sobre se tinha falado com Thiago Silva a propósito das críticas da sua mulher, Pochettino acrescentou: "O importante é que ele veio e quis falar comigo. Falámos, isso foi privado e pronto".