Prata da casa: magia de Foden vira dérbi de Manchester do avesso (3-1)
Recorde aqui as incidências do encontro
Com Rúben Dias e Bernardo Silva nos anfitriões e Bruno Fernandes e Diogo Dalot nos visitantes, o grande dérbi de Manchester começou com sinal mais para os tricampeões, que estiveram perto de inaugurar o marcador nos primeiros cinco minutos avassaladores.
Talento(s) da casa
Mas, num longo lançamento de Onana, Bruno Fernandes fugiu à marcação, segurou à entrada da área e colocou a bola ao dispor de Rashford, que disparou um míssil à baliza de Ederson, sem hipóteses de defesa para o guarda-redes, abalando todo o estádio Emirates.
O internacional inglês parece ter gastado toda a inspiração nesse momento, já que pouco depois desperdiçou uma falha de Rúben Dias para se isolar e ainda um belo cruzamento de Bruno Fernandes para a área. Jogava-se muito e a ritmo bem alto durante a primeira metade, praticamente dominada pelo City. Prova disso é a primeira falta do encontro que só surgiu aos 27 minutos.
Até ao intervalo, os skyblues fizeram pela vida para restabelecer a igualdade, mas quando finalmente ultrapassavam a barreira vermelha na grande área, Onana respondia com reflexos apurados ou a pontaria (de Haaland e De Bruyne) estava bem desafinada. Mesmo em cima do apito para os balneários, o avançado norueguês conseguiu falhar o (praticamente) impossível.
A segunda parte começou com mais do mesmo - Onana voltou a brilhar para evitar o golo de Doku - até aparecer um momento digno de ombrear com o de Rashford.
Aos 56 minutos, eis que surgiu o brilhantismo de Phil Foden, o mais merecedor dos anfitriões, num belo remate de pé esquerdo sem hipóteses para o camaronês.
O empate relançou a turma de Guardiola na perseguição ao triunfo perante um United cada vez mais reticente e cauteloso, cuja única situação perigosa na segunda parte foi um passe em profundidade à procura de Antony - que rendeu Rashford -, anulada pela saída corajosa de Ederson, que cortou de carrinho.
Foden dava imensas dores de cabeça à defesa porque aparecia em todo o lado do campo. Se sozinho era capaz de arrancar coelhos da cartola, com um pouco de ajuda conseguiu operar a reviravolta. Uma simples tabela com Julian Alvarez quebrou a muralha na grande área e, na cara de Onana, finalizou sem grande problemas para se assumir como a figura do jogo.
O golo tirou todo o oxigénio do balão dos Red Devils que se safaram de um remate muito perigoso de De Bruyne, mas, no pontapé de baliza, uma má receção de Amrabat ofereceu o ouro ao bandido. O belga recuperou e serviu Haaland que, desta vez, não perdoou na cara de Onana.