Newcastle 1-0 Manchester United
Com Diogo Dalot e Bruno Fernandes no onze, os Red Devils voltaram a perder depois de três vitórias consecutivas na Liga inglesa. Os Magpies foram sempre superiores e subiram ao quinto lugar, colocando em risco o lugar de Erik ten Hag em Manchester.
Alejandro Garnacho teve a melhor hipótese dos visitantes, servido por um grande passe de Bruno Fernandes, com um remate de pé esquerdo travado de forma eficiente por Nick Pope. Responderam os anfitriões, com outro Bruno, o Guimarães, a descobrir a desmarcação de Trippier e valeu o calcanhar de Maguire a evitar o golo de Isak.
A melhor ocasião do primeiro tempo esteve nos pés de Kieran Trippier, num livre direto cobrado de forma soberba que deixou Onana preso ao relvado e a trave a tremer. Seria um golaço.
As estatísticas ao intervalo indicavam a superioridade dos Toons, que finalmente chegariam à vantagem, aos 56 minutos: numa recuperação em zona alta, Bruno Guimarães trocou as voltas à defesa, Trippier teve todo o espaço e tempo do mundo para cruzar de forma rasteira ao segundo poste, Wan-Bissaka ficou a dormir e apareceu Anthony Gordon a encostar.
A reação dos Red Devils pecou por escassa e valeu Wan-Bissaka estar no sítio certo para evitar o golo de Lewis Miley. Apesar das dificuldades demonstradas, o United não atirou a toalha ao chão e até marcou por intermédio de Anthony, aos 89 minutos, mas o golo foi invalidado porque a bola desviou em Maguire que estava fora de jogo. O azar parece perseguir o defesa inglês...
Com este resultado, o Newcastle sobe, de forma provisória, ao quinto lugar e deixa o Manchester United em sétimo, à mercê de Brighton e West Ham.
Nottingham 0-1 Everton
O Everton somou a terceira vitória consecutiva fora de casa, em partidas da Premier League, graças a um golo solitário de Dwight McNeil, na segunda parte, e respondeu à vitória do Burnley frente ao Sheffield.
O português Beto foi titular e desperdiçou a oportunidade de marcar o primeiro golo na Premier League, ao falhar na cara de Vlachodimos, que também não esteve bem no lance, ao largar a bola na sequência de um cruzamento.
Esse susto fez com que o Nottingham acordasse para o jogo e criasse oportunidades junto à baliza de Pickford, que por pouco não viu Anthony Elanga inaugurar o marcador.
A equipa da casa voltou a ter uma oportunidade clara para fazer o 1-0 já na segunda parte, quando Felipe, ex-FC Porto, acertou nos ferros.
O Nottingham procurou a baliza de Pickford de forma mais clara e Steven Cooper mexeu nesse sentido, só que exatamente nessa altura surgiu o único golo da partida. Jack Harrison aproveitou uma bola solta no flanco e cruzou para McNeil, que rematou ao poste mais distante da baliza defendida por Vlachodimos.
Em vantagem, Sean Dyche, que lançou Chermiti nos minutos finais, quebrou o ritmo da partida e o Everton somou três pontos importantíssimos depois do castigo de 10 pontos aplicado pela Premier League.
Arsenal 2-1 Wolves
O treinador do Wolves, Gary O'Neil, considerou a visita ao líder como "o jogo mais difícil" da época, tendo em conta as ausências da figura da equipa, Pedro Neto, e dos médios titulares Mario Lemina e João Gomes. A verdade é que os primeiros 15 minutos do encontro deram-lhe razão, já que o Arsenal entrou em campo em modo rolo compressor.
Com uma série de quatro vitórias consecutivas, a última uma goleada por 6-0 diante do Lens para a Liga dos Campeões, os londrinos tiveram um início avassalador e logo aos seis minutos já venciam, com um Bukayo Saka a concluir uma jogada iniciada por si, beneficiando de um ressalto dentro de área sem dar grandes hipóteses a José Sá.
Apesar da vantagem, os gunners continuaram a massacrar e a não der hipóteses do Wolves respirar. O segundo golo surgiu com naturalidade e espetacularidade pela simplicidade de processos: com paciência, a bola rodou de flanco para flanco, Saka tirou um cruzamento longo, Zinchenko, de primeira, tabelou com Gabriel Jesus e ofereceu o segundo golo a Odegaard, que não desperdiçou no coração da área.
Foi uma entrada demolidora que provocou danos para lá do marcador. José Sá saiu lesionado aos 23 minutos, rendido por Bentley, numa altura em que o guardião do Arsenal ainda só tinha tocado na bola numa ocasião. O Arsenal baixou o ritmo até ao descanso, apesar de uma boa iniciativa de Martinelli travada por Bentley. O Wolves começou a crescer a espaços e até ficou perto de reduzir nos descontos, num lance em que a defesa ficou a dormir, mas David Raya foi muito rápido a sair dos postes e fez a mancha a Hwang Hee-Chan.
No segundo tempo, a turma de Mikel Arteta colocou o jogo no congelador, dando prioridade à manutenção do equilíbrio e impedir que o Wolves ganhasse moral. Apesar de pedidos de grande penalidade de Gabriel Jesus, o primeiro lance de perigo pertenceu aos forasteiros, Aos 53 minutos, Matheus Cunha fez slalom até à área contrária, rematando para defesa segura de Raya.
Saka ameaçou o bis com um remate de meia distância que passou a centímetros do ângulo, naquele que seria o golo da jornada. O'Neil deu início ao jogo dos bancos com as entradas de Doherty e Sarabia, Arteta respondeu ao lançar Nketiah, Kai Havertz e Ben White, este último devido a lesão de Tomiyasu.
Numa má saída do Wolves, Odegaard isolou Trossard com um toque de génio, Bentley fez bem a mancha e Saka desperdiçou a recarga quando podia ter oferecido o golo a Nketiah. O Arsenal estava a adormecer o jogo sem o resolver e, a cinco minutos do fim, Nélson Semedo aproveitou a displicência de Zinchenko para lhe roubar a bola na grande área e Matheus Cunha reduziu com um belo remate em arco.
Logo no reatamento, Odegaard voltou a abrir o livro com um belo passe a isolar Nketiah e o remate do jovem inglês foi caprichosamente ao poste. Os últimos minutos foram de muita tensão no Emirates, mas o Wolves não conseguiu voltar a ameaçar Raya e o Arsenal conseguiu segurar os três pontos preciosos na luta pelo título.
Brentford 3-1 Luton
Depois de duas derrotas consecutivas, os Bees voltaram às vitórias ao triunfarem sobre o recém-promovido Luton, com os golos a surgirem todos no segundo tempo.
No regresso dos balneários, Neal Maupay quebrou o gelo, aos 50 minutos, beneficiando de um ressalto na área contrária e, cinco minutos depois, Ben Mee saltou sozinho num canto, cabeceou contra o corpo de Carlton Morris que traiu o seu próprio guarda-redes.
Aos 76 minutos, Jacob Brown aproveitou um mau corte de Janelt e com um remate colocado devolveu as esperanças aos visitantes. No entanto, essas esperanças esfumaram-se cinco minutos depois, numa jogada de insistência do Brenford na área contrária, concluída por Shandon Baptiste.
Burnley 5-0 Sheffield United
O último classificado recebeu o antepenúltimo com uma soberana oportunidade de terminar o ciclo negativo de sete derrotas seguidas em todas as competições - seis na Premier League. Jay Rodriguez não se fez rogado perante essa possibilidade e soltou a festa nas bancadas na primeira jogada do encontro, com um grande cabeceamento ao cruzamento de Charlie Taylor.
O Sheffield ainda conseguiu estabilizar-se emocionalmente, mas numa nova desatenção defensiva e jogada bem simples, O'Shea lançou Jacob Brunn Larsen em profundidade e o extremo seguiu isolado para a baliza contrária, fazendo o 2-0 sem grande dificuldade e oposição. Os visitantes fora de mal a pior quando Ollie McBurnie viu o segundo cartão amarelo e deixou a equipa reduzida a 10 em cima do descanso.
O resultado manteve-se respeitável até ao descalabro do último quarto de hora: Amdouni conseguiu furar a defesa contrária e aumentar para 3-0 na cara de Foderingham e, logo a seguir, serviu o golo de Luca Koleosho. Num espaço de sete minutos para mais tarde recordar, a turma de Vincent Kompany fechou o resultado com o melhor golo da tarde, apontado por Josh Brownhill com um remate à entrada da área.
