Premier League: Chelsea brilha (1-4), Marco Silva vence (3-1), McTominay salva United (2-1)
Burnley 1-4 Chelsea
A trajetória ascendente do Chelsea continuou com uma vitória contra o Burnley em Turf Moor.Visivelmente cheio de confiança depois de duas vitórias consecutivas, o Chelsea começou com força e teve a infelicidade de não abrir o placar logo no início, quando Raheem Sterling acertou um chute de longe na trave.
Na resposta, o Burnley avançou de forma brilhante, com Wilson Odobert a dar o toque final depois de um bom trabalho de Lyle Foster, dando vantagem à equipa da casa, aos 15 minutos.
Após várias investidas de Sterling, eis que aos 42 minutos, um desvio infeliz de Ameen Al-Dakhil encontrou o fundo das redes pouco antes do intervalo.
Apesar das palavras de Vincent Kompany, o Burnley simplesmente não conseguiu se defender de Sterling no segundo tempo. O internacional inglês foi travado em falta no interior da área e Cole Palmer converteu a grande penalidade, aos 50, para o 1-2.
O próprio Sterling (65 minutos) e Jackson (74) fecharam as contas e deram contornos de goleada à vitória do conjunto liderado por Pochettino.
Everton 3-0 Bournemouth
O Everton fez uma exibição brilhante ao vencer o Bournemouth, com as duas únicas vitórias dos toffees nos últimos 10 jogos em casa na Premier League a serem obtidas contra os cherries.
Logo aos oito minutos, Illya Zabarnyi escorregou na bola e James Garner aproveitou o erro do defesa central para marcar o seu primeiro golo na PL. O Bournemouth continuou a vacilar, com passes errados de Neto e Marcos Senesi a serem interceptados em zonas perigosas no primeiro quarto de hora, mas acabaram por não ser punidos.
O Bournemouth deu finalmente alguns sinais promissores quando se aproximava a meia hora de jogo, mas a sua desvantagem foi duplicada pouco depois de Dango Ouattara ter enviado um remate inofensivo por cima da trave. Quando Neto afastou o remate de Vitaliy Mykolenko, a bola caiu de forma convidativa para Jack Harrison, que rematou de forma maravilhosa por cima do travessão, marcando um golo memorável na sua primeira partida pelos toffees no campeonato.
O Everton continuava confiante, como demonstra um toque soberbo de Calvert-Lewin e uma tentativa audaciosa, ainda que o remate tenha saído por cima da trave. O terceiro golo apareceu pouco depois com Doucouré a reagir rapidamente quando Milos Kerkez bloqueou o cabeceamento de Harrison para marcar o terceiro golo nos últimos cinco jogos na Premier League.
Fulham 3-1 Sheffield United
O Fulham, de Marco Silva, teve de sofrer para sair vitorioso da 8.ª jornada da Premier League.
Após uma primeira parte sem golos, a equipa da casa chegou à vantagem, aos 53 minutos, por intermédio de De Cordova-Reid, que durou pouco mais de 15 minutos, uma vez que um auto-golo de Robinson colocou empatado de novo.
Ainda assim, um novo auto-golo, mas na baliza contrária, de Foderingham, colocou os cottagers novamente em vantagem, que viria a ser dilatada em tempo de descontos, através de Willian.
Com este resultado, o Fulham sobe ao 12.º lugar, com 11 pontos, mais 10 do que o lanterna-vermelha Sheffield.
Manchester United 2-1 Brentford
Dois golos de Scott McTominay nos descontos da partida contra o Brentford deram ao Manchester United uma vitória por 2-1 sobre a equipa de Thomas Frank, num dia em que os problemas do United voltaram a ser evidentes.
Com um plantel dizimado por lesões e escândalos, Erik ten Hag foi forçado a colocar Harry Maguire no centro da defesa, para desespero dos adeptos locais, que manifestaram o desagrado nas redes sociais.
Os visitantes especularam sobre esta fragilidade da defesa adversária aos 26 minutos, quando Jensen abriu o marcador para o Brenford.
Com a terceira derrota consecutiva em casa a aproximar-se, o escocês McTominay entrou aos 87 minutos e revelou-se providencial para o United. Primeiro, empatou a partida aos 90+3 minutos e, quatro minutos mais tarde, deu uma vitória inesperada aos red devils, aproveitando um passe de Maguire.
O Manchester United sobrevive assim a um momento difícil, mas a situação continua tensa em Old Trafford, com o jogo da equipa claramente a não corresponder às expectativas.
Luton Town 0-1 Tottenham
O Tottenham entrou em força e criou duas boas ocasiões de golo nos primeiros quatro minutos, mas, em ambos os casos, o fantasma que persegue Richarlison voltou a atacar, com o avançado brasileiro a desperdiçar de forma clamorosa na cara do guarda-redes contrário.
Os primeiros minutos foram mesmo um autêntico sufoco para o Luton, que beneficiou de alguma falta de acerto dos londrinos, nomeadamente de Pedro Porro (7 minutos) e Son (17). Depois de 20 minutos diabólicos, o Luton conseguiu equilibrar a balança, embora sempre com muitas dificuldades para chegar com relativo perigo junto à baliza de Vicario.
Aos 30 minutos, Pape Sarr recuperou uma bola a meio-campo e colocou em Kulusevski, para um remate forte, mas de fácil defesa de Kaminski. Pairava no ar a ideia de que, mais cedo ou mais tarde, o golo viria aparecer para os visitantes, um cenário que sofreu um duro revés com a expulsão de Bissouma, no terceiro minuto do tempo de descontos da primeira parte.
Em superioridade, o Luton apareceu revigorado no segundo tempo e só não chegou à vantagem logo aos 47 minutos por manifesto desacerto de Adebayo, depois de um bom trabalho de Ogbene. Na resposta, o Tottenham aproveitou um lance de bola parada, em que Maddison soltou o génio e serviu Van de Ven para o 0-1.
Ainda assim, o Luton não esmoreceu e criou oportunidades mais do que suficientes para o empate - Carlton Morris (60 minutos), Cauley Woodrow (67) e Tahith Chong (90+5) em evidência. Mas Vicario fechou a baliza a sete chaves e o Tottenham conseguiu salvaguardar os três pontos num lugar seguro, que lhe permite dormir esta noite na liderança da Premier League.