Arsenal 4-1 Newcastle
A boa forma do Arsenal foi travada a fundo na visita ao Estádio do Dragão, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, mas a nível doméstico continua de vento em poupa com a sexta vitória consecutiva na Premier League.
Se depois das goleadas nos terrenos do West Ham e Burnley a receção ao Newcastle poderia assustar os adeptos dos gunners depois do desaire continental, tudo ficou mais fácil em 25 minutos. Muito perigosos na bola parada, os anfitriões voltaram a beneficiar do laboratório de Colney quando o azarado Sven Botman acabou a marcar na própria baliza num lance confuso na pequena área.
Apesar do que o texto possa indicar, o golo inaugural não caiu do céu já que a turma de Londres estava a ser dominante e assim continuou depois do 2-0 que surgiu poucos minutos depois. Numa jogada paciente e bem desenhada, Jorginho lançou Martinelli na área, o brasileiro cruzou e apareceu Havertz para dilatar a vantagem
Foi uma primeira parte de sentido único, os gunners de cadeirinha foram jogando a seu belprazer anulando totalmente os magpies e ainda estiveram perto de aumentar a contagem através de Saka, impedido por uma boa defesa de Loris Karius.
No reatamento, Havertz ficou a centímetros do bis quando apareceu na cara de Karius para desviar o belo passe de Martinelli, no entanto, a centímetros do poste. O Newcastle foi crescendo, a espaços, impulsionado pelos lances de individuais de Gordon e Isak, este último num belo movimento individual atirou por cima da trave.
Os visitantes arriscaram no ataque e ficaram expostos na defesa, comentendo o erro clamoroso de dar espaço a Bukayo Saka. O melhor marcador da equipa de Arteta foi galgando metros pela direita, entrou na área e bailou perante o defesa antes de rematar em arco ao segundo poste, apontando o 16.º golo esta temporada.
Tal como na primeira parte, houve dose dupla de golos, com o 4-0 a chegar... de bola parada. E que luxo é quando se pode ter um médio de 1,85m a bater cantos... Declan Rice levantou para a área, Kiwior desviou no primeiro poste e a bola ainda bateu em Miley antes de ultrapassar Karius.
O ritmo baixou consideravelmente até ao apito final, mas ainda houve tempo para mais um golo, desta feita o do Newcastle. E como o destino tem coisas engraçadas, o tento de honra coube a Joe Willock, médio recém-entrado que fez toda a formação no Arsenal, aproveitando uma boa subida e cruzamento do surpreendente gigante Dan Burn para cabecear longe do alcance de Raya.
Até ao apito final, valeu novamente Dan Burn a evitar o golo de Smith Rowe em cima da linha de golo.
Bournemouth 0-1 Manchester City
Com Rúben Dias, Bernardo Silva e Matheus Nunes no onze titular, os tricampeões visitaram um tranquilo Bournemouth que, ainda assim, somava quatro jogos sem vencer.
Já seria de esperar o domínio citizen que se verificou ao longo dos primeiros minutos, restava saber se o mesmo seria complementado com ocasiões de perigo. Não houve assim tantos quanto isso, apesar de algumas aproximações perigosas, até que um passe de Kovacic nas costas da defesa desbloqueou o impasse. Haaland fugiu, ganhou no corpo a corpo, rematou para uma primeira defesa de Neto e Foden aproveitou a recarga.
Com a vantagem, os campeões soltaram-se em campo, com Bernardo Silva a dar asas à criatividade e a ficar perto de aumentar a vantagem com um remate atrevido. Ainda assim, a diferença mínima manteve-se até ao intervalo, com algum crescimento dos Cherries na parte final.
O segundo tempo começou com os anfitriões a mostrarem sinais encorajadores à espreita do empate. O mesmo podia ter chegado aos 55 minutos, mas de forma algo displicente Tavernier desperdiçou no segundo poste após uma corrida de Semenyo, com mérito também para Rúben Dias que atrapalhou a ação.
A turma de Pep Guardiola ia aguentando a pressão graças às exibições imponentes do defesa português e de Ederson, que foi obrigado a afastar o cabeceamento de Solanke em cima da linha de golo. A entrada de Doku, para o lugar de Matheus Nunes, estava a demorar a ter algum efeito, enquanto uma rara oportunidade para Haaland foi impedida a dois tempos por Kerkez e Neto.
Por seu lado, a equipa de Iraola estava cada vez melhor, mais atrevida e a chegar mais vezes e com mais perigo à área de Ederson, obrigando o compatriota a ir buscar as armas pesadas ao banco, nomeadamente Kevin de Bruyne. O assalto final foi montado com as entradas de Sinisterra e o reforço Enes Unal. Na primeira vez que tocou na bola, o turco ficou a centímetros do empate com um cabeceamento à ponta de lança.
O City sofreu até ao fim e garantiu três pontos que o colocam a um do líder Liverpool e colocam o Arsenal sobre pressão antes da receção ao Newcastle (20:00).