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Premier League: Sheffield humilhado em casa pelo Newcastle (0-8), Chelsea perde (0-1), Jota marca (3-1)

André Guerra, Rodrigo Coimbra, Fabio Duarte, Danny Lewis
Atualizado
Newcastle não tirou o pé do acelerador perante as muitas facilidades do Sheffield
Newcastle não tirou o pé do acelerador perante as muitas facilidades do SheffieldAFP
Num domingo de muito e bom futebol na Premier League, o Newcastle aplicou uma goleada das antigas em Sheffield ao vencer por 0-7. Mais cedo, no dérbi do norte de Londres houve empata 2-2, o Chelsea voltou a mostrar sinais preocupantes ao perder na receção ao Aston Villa e ainda perderam dois jogadores para o próximo jogo - Malo Gusto e Jackson. O Liverpool venceu com golos de Darwin e Diogo Jota, enquanto o Brighton deu a volta ao Bournemouth, nas asas de Mitoma.

Sheffield 0-8 Newcastle

Aconteceu uma hecatombe em Sheffield. Os anfitriões ainda aguentaram 20 minutos antes do desastre acontecer. O resultado acabou por ser histórico, não pelo volume de golos, mas sim pelos oito marcadores diferentes, um recorde na Premier League.

Escolhas iniciais e pontuações no final do encontro
Escolhas iniciais e pontuações no final do encontroFlashscore

Longstaff abriu o marcador, aos 21 minutos, antes do hat-trick de assistências de Kieran Tripper para os golos de Dan Burn, Sven Botman - de bola parada - e Callum Wilson, este último já no arranque da segunda parte (o jogo chegou ao intervalo com 0-3).

Os Blades estenderam a passadeira na segunda parte e os Magpies não se fizeram rogados, com acelarando para uma vitória confortável e que dá moral depois de um triunfo nos cinco jogos anteriores. Aaron Gordon fez o melhor golo do encontro com um remate em arco, aos 61 minutos. 

As facilidades concedidas pelos caseiros fazem lembrar a dificuldade amador dos vídeojogos, mas na vida real o impacto é muito maior e a humilhação da turma de Heckingbottom vai demorar muito tempo a sarar. Deu para tudo, até para Miguel Almirón regressar aos golos, aos 68 minutos, e Bruno Guimarães estrear-se a marcar esta época, aos 73.

Ainda antes do apito final, o recém-entrado Isak também fez o gosto ao pé, numa tarde que vai perdurar muito tempo na memória dos adeptos do Newcastle e, pelos piores motivos, do Sheffield. 

Leia aqui a crónica do dérbi do norte de Londres entre Arsenal e Tottenham

Chelsea 0-1 Aston Villa

O Chelsea de Mauricio Pochettino chegou a este jogo depois do seu pior arranque de cinco jogos numa campanha da Premier League desde 2015/16, e estava sob pressão para produzir um bom resultado. Os Blues até começaram bem, marcando o ritmo, mas, como tantas vezes tem sido o caso, o produto final estava a revelar-se ilusório.

Numa primeira parte com poucas oportunidades de golo para os visitantes, Lucas Digne esteve mais perto de marcar com um remate de longa distância que exigiu a atenção de Robert Sánchez, uma das figuras do encontro. Um remate falhado de Enzo Fernández a partir de uma posição prometedora e um cabeceamento em fora de jogo de Axel Disasi resumiram na perfeição as frustrações do Chelsea na primeira parte.

As notas individuais dos onzes iniciais
As notas individuais dos onzes iniciaisFlashscore

Os anfitriões retomaram o ritmo após o intervalo, mas as chances de Raheem Sterling e Nicolas Jackson não apareceram. Como se isso não fosse dor de cabeça suficiente para Pochettino, um cartão vermelho exibido a Malo Gusto deixou o Chelsea em inferioridade para a última meia hora. A expulsão deu algum ânimo ao Villa, que aproveitou a oportunidade quando Ollie Watkins, aos 73 minutos, rematou rasteiro de um ângulo apertado para marcar o seu primeiro golo no campeonato.

Com o tempo a passar, as oportunidades foram surgindo rapidamente para ambas as equipas, mas Ben Chilwell, Disasi e Moussa Diaby desperdiçaram oportunidades de golo quando estavam em contra-ataque. No final das contas, foi a mesma história de sempre para o Chelsea, que criou muitas oportunidades, mas não conseguiu finalizar.

As principais estatísticas da partida
As principais estatísticas da partidaOpta by Stats Perform

Liverpool 3-1 West Ham

O pontapé de saída foi atrasado devido a dificuldades técnicas do árbitro Chris Kavanagh, mas os Hammers não perderam tempo a mostrar a sua intenção. Tomáš Souček forçou uma excelente defesa de Alisson Becker com um cabeceamento brilhante, depois entregou um cruzamento convidativo que Michail Antonio desperdiçou. No entanto, a equipa não tardou a ficar para trás, quando o passe de Luis Díaz foi desviado por Darwin Núñez e encontrou Mohamed Salah, que sofreu falta de Nayef Aguerd. O egípcio não perdoou na marca dos 11 metros.

As notas individuais dos onzes iniciais
As notas individuais dos onzes iniciaisFlashscore

Ainda no primeiro tempo, o West Ham restabeleceu a igualdade por intermédio de Bowen, aos 42 minutos, pouco antes de Curtis Jones ver o seu golo ser anulado pelo VAR em tempo de descontos.

Já na segunda parte, as oportunidades apareceram para os dois lados, mas só Darwin mostrou capacidade para bater o guardião contrário, dando nova vantagem aos reds.

O terceiro golo (da tranquilidade) do Liverpool chegou finalmente aos 85 minutos, quando o suplente Diogo Jota deu a melhor sequência a um passe de Van Dijk e aumentar a série invicta do Liverpool na Premier League para os 17 jogos.

Brighton 3-1 Bournemouth

A equipa sensação do futebol europeu ainda esteve em desvantagem, mas teve capacidade para dar a volta ao guião e ascendeu ao pódio da Premier League, tirando proveito do empate do Tottenham na visita ao vizinho Arsenal (2-2).

Dominic Solanke deu vantagem aos cherries aos 25 minutos, depois de um erro infantil de Bart Verbruggen, que entregou literalmente a bola ao adversário quando era o único homem atrás da linha da bola. O avançado do Bournemouth só teve de rematar para uma baliza deserta.

As notas individuais dos onzes iniciais
As notas individuais dos onzes iniciaisFlashscore

Ainda assim, a felicidade encontrou os homens de De Zerbi. Numa bola de Gilmour enviada para a área, Kerkez, lateral que chegou a ser apontado ao Benfica, desviou a bola para o interior da própria baliza, em tempo de descontos do primeiros tempo.

Nada satisfeito com o rumo dos acontecimentos, o treinador italiano lançou Ansu Fati e Mitoma no jogo e, na primeira jogada do segundo tempo, os dois desenharam o golo da reviravolta, com o nipónico a tabelar com o espanhol e a rematar para o 2-1.

O mesmo Mitoma acabaria por bisar à passagem do minuto 77, altura em que recebeu de Estupinan e fechou as contas do jogo em 3-1.