Premier League: Sheffield humilhado em casa pelo Newcastle (0-8), Chelsea perde (0-1), Jota marca (3-1)
Sheffield 0-8 Newcastle
Aconteceu uma hecatombe em Sheffield. Os anfitriões ainda aguentaram 20 minutos antes do desastre acontecer. O resultado acabou por ser histórico, não pelo volume de golos, mas sim pelos oito marcadores diferentes, um recorde na Premier League.
Longstaff abriu o marcador, aos 21 minutos, antes do hat-trick de assistências de Kieran Tripper para os golos de Dan Burn, Sven Botman - de bola parada - e Callum Wilson, este último já no arranque da segunda parte (o jogo chegou ao intervalo com 0-3).
Os Blades estenderam a passadeira na segunda parte e os Magpies não se fizeram rogados, com acelarando para uma vitória confortável e que dá moral depois de um triunfo nos cinco jogos anteriores. Aaron Gordon fez o melhor golo do encontro com um remate em arco, aos 61 minutos.
As facilidades concedidas pelos caseiros fazem lembrar a dificuldade amador dos vídeojogos, mas na vida real o impacto é muito maior e a humilhação da turma de Heckingbottom vai demorar muito tempo a sarar. Deu para tudo, até para Miguel Almirón regressar aos golos, aos 68 minutos, e Bruno Guimarães estrear-se a marcar esta época, aos 73.
Ainda antes do apito final, o recém-entrado Isak também fez o gosto ao pé, numa tarde que vai perdurar muito tempo na memória dos adeptos do Newcastle e, pelos piores motivos, do Sheffield.
Leia aqui a crónica do dérbi do norte de Londres entre Arsenal e Tottenham
Chelsea 0-1 Aston Villa
O Chelsea de Mauricio Pochettino chegou a este jogo depois do seu pior arranque de cinco jogos numa campanha da Premier League desde 2015/16, e estava sob pressão para produzir um bom resultado. Os Blues até começaram bem, marcando o ritmo, mas, como tantas vezes tem sido o caso, o produto final estava a revelar-se ilusório.
Numa primeira parte com poucas oportunidades de golo para os visitantes, Lucas Digne esteve mais perto de marcar com um remate de longa distância que exigiu a atenção de Robert Sánchez, uma das figuras do encontro. Um remate falhado de Enzo Fernández a partir de uma posição prometedora e um cabeceamento em fora de jogo de Axel Disasi resumiram na perfeição as frustrações do Chelsea na primeira parte.
Os anfitriões retomaram o ritmo após o intervalo, mas as chances de Raheem Sterling e Nicolas Jackson não apareceram. Como se isso não fosse dor de cabeça suficiente para Pochettino, um cartão vermelho exibido a Malo Gusto deixou o Chelsea em inferioridade para a última meia hora. A expulsão deu algum ânimo ao Villa, que aproveitou a oportunidade quando Ollie Watkins, aos 73 minutos, rematou rasteiro de um ângulo apertado para marcar o seu primeiro golo no campeonato.
Com o tempo a passar, as oportunidades foram surgindo rapidamente para ambas as equipas, mas Ben Chilwell, Disasi e Moussa Diaby desperdiçaram oportunidades de golo quando estavam em contra-ataque. No final das contas, foi a mesma história de sempre para o Chelsea, que criou muitas oportunidades, mas não conseguiu finalizar.
Liverpool 3-1 West Ham
O pontapé de saída foi atrasado devido a dificuldades técnicas do árbitro Chris Kavanagh, mas os Hammers não perderam tempo a mostrar a sua intenção. Tomáš Souček forçou uma excelente defesa de Alisson Becker com um cabeceamento brilhante, depois entregou um cruzamento convidativo que Michail Antonio desperdiçou. No entanto, a equipa não tardou a ficar para trás, quando o passe de Luis Díaz foi desviado por Darwin Núñez e encontrou Mohamed Salah, que sofreu falta de Nayef Aguerd. O egípcio não perdoou na marca dos 11 metros.
Ainda no primeiro tempo, o West Ham restabeleceu a igualdade por intermédio de Bowen, aos 42 minutos, pouco antes de Curtis Jones ver o seu golo ser anulado pelo VAR em tempo de descontos.
Já na segunda parte, as oportunidades apareceram para os dois lados, mas só Darwin mostrou capacidade para bater o guardião contrário, dando nova vantagem aos reds.
O terceiro golo (da tranquilidade) do Liverpool chegou finalmente aos 85 minutos, quando o suplente Diogo Jota deu a melhor sequência a um passe de Van Dijk e aumentar a série invicta do Liverpool na Premier League para os 17 jogos.
Brighton 3-1 Bournemouth
A equipa sensação do futebol europeu ainda esteve em desvantagem, mas teve capacidade para dar a volta ao guião e ascendeu ao pódio da Premier League, tirando proveito do empate do Tottenham na visita ao vizinho Arsenal (2-2).
Dominic Solanke deu vantagem aos cherries aos 25 minutos, depois de um erro infantil de Bart Verbruggen, que entregou literalmente a bola ao adversário quando era o único homem atrás da linha da bola. O avançado do Bournemouth só teve de rematar para uma baliza deserta.
Ainda assim, a felicidade encontrou os homens de De Zerbi. Numa bola de Gilmour enviada para a área, Kerkez, lateral que chegou a ser apontado ao Benfica, desviou a bola para o interior da própria baliza, em tempo de descontos do primeiros tempo.
Nada satisfeito com o rumo dos acontecimentos, o treinador italiano lançou Ansu Fati e Mitoma no jogo e, na primeira jogada do segundo tempo, os dois desenharam o golo da reviravolta, com o nipónico a tabelar com o espanhol e a rematar para o 2-1.
O mesmo Mitoma acabaria por bisar à passagem do minuto 77, altura em que recebeu de Estupinan e fechou as contas do jogo em 3-1.