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Premier League: Todos os clubes votam a favor do VAR... exceto um

Brad Ferguson
O árbitro Michael Salisbury verifica o monitor VAR depois de atribuir uma penalidade por uma falta sobre Marc Cucurella do Chelsea
O árbitro Michael Salisbury verifica o monitor VAR depois de atribuir uma penalidade por uma falta sobre Marc Cucurella do ChelseaAFP
Em votação realizada esta quinta-feira, 19 clubes da Premier League votaram contra a eliminação do VAR e apenas um votou a favor.

O Wolves apresentou em maio uma moção para acabar com o vídeo-árbitro no seu estado atual, depois de ter sido vítima de uma série de más decisões durante a última época da Premier League. De facto, quase todas as equipas da Premier League ficaram perplexas com a aparente má utilização da tecnologia, com vários erros gritantes a fazerem manchetes.

Num comunicado, a liga declarou "Os clubes da Premier League votaram hoje a favor da continuação da utilização do VAR na Premier League". 

"Embora o VAR produza decisões mais precisas, foi acordado que devem ser introduzidas melhorias para benefício do jogo e dos adeptos", pode ler-se.

O exemplo de maior destaque do fracasso do VAR foi, sem dúvida, o golo fantasma de Luis Diaz contra o Tottenham em outubro, incorretamente anulado por fora de jogo devido a uma falha de comunicação entre os árbitros e que levou o clube a exigir uma "revisão com total transparência" por parte da Premier League.

No entanto, parece que os clubes estão mais interessados em ver melhorias drásticas e alterações ao sistema atual do que em eliminá-lo por completo. A liga diz que o VAR melhorou as decisões corretas de 82% para 96% na época passada.

No entanto, Malcolm Clarke, presidente da Associação de Adeptos de Futebol, disse à BBC Sport que a maioria dos adeptos concorda com o Wolves.

"O apoio à introdução do VAR caiu e 80% dos adeptos dizem agora que a experiência é má ou muito má, pelo que não podemos continuar com isto como estamos", afirmou.

"A maioria dos nossos membros pensa que o preço de estragar a experiência do jogo não é um preço que valha a pena pagar por um pequeno aumento nas decisões correctas", acrescentou.

"É bom que o Wolves tenha apresentado esta proposta, tem sido um catalisador para um verdadeiro debate e, aconteça o que acontecer, é essencial que o debate continue", prosseguiu.

Seis pontos a melhorar:

- Manter um limiar elevado para a intervenção do VAR

- Reduzir os atrasos no jogo, principalmente através da introdução da tecnologia semi-automatizada de fora de jogo (SAOT)

- Melhorar a experiência dos adeptos através da redução dos atrasos, dos anúncios dos árbitros no estádio após uma mudança de decisão pós-VAR (sempre que possível, uma oferta reforçada de repetições em ecrã grande para incluir todas as intervenções do VAR)

- Trabalhar com a PGMOL (Associação de árbitros profissionais de futebol de Inglaterra) na implementação de uma formação VAR mais sólida para melhorar a consistência

- Aumentar a transparência e a comunicação em torno do VAR

- Realização de uma campanha de comunicação com os adeptos e as partes interessadas sobre o VAR, que procurará clarificar melhor o papel do VAR