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Quatro jogos, três treinadores: Kanté e a época de um Chelsea em convulsão

Bruno Henriques
Oito meses depois, Kanté voltou a ser titular
Oito meses depois, Kanté voltou a ser titularAFP
O médio francês foi titular diante do Liverpool e somou a quarta partida esta temporada pelos blues. Começou com Thomas Tuchel, passou por Graham Potter e jogou sob o comando de Bruno Saltor, e pode não ficar por aqui.

Aos 32 anos, N’Golo Kanté continua a ser um dos médios mais abrangentes do futebol mundial. Parte essencial do conto de fadas que Leicester protagonizou em 2016, quando venceu a Premier League, mudou-se para o Chelsea onde foi a âncora de uma meio-campo dos londrinos que além das competições domésticas venceu tudo o que havia para ganhar a nível internacional (Liga dos Campeões, Liga Europa, Mundial de Clubes e Supertaça Europeia).

Esta temporada, pela segunda vez na carreira vai ficar abaixo da fasquia dos 35 jogos. Uma grave lesão sofrida diante do Tottenham, na segunda jornada da Premier League, em agosto, deixou-o fora dos relvados durante oito meses. Esta terça-feira foi titular pela primeira vez desde que debelou o problema físico e somou o quarto jogo esta temporada com a particularidade de o ter feito ao serviço do… terceiro treinador.

Quando a época arrancou, Thomas Tuchel era o timoneiro do Chelsea. Com um esquema de três centrais, o médio francês atuou nos dois primeiros jogos da temporada ao lado de Jorginho, com a função de recuperar bolas para o italiano ditar o jogo ofensivo dos blues.

Kanté (7) ao lado de Jorginho
Kanté (7) ao lado de JorginhoOpta by Stats Perform

Avancemos até 1 de abril deste ano. O Chelsea recebeu o Aston Villa em casa com uma cara nova no banco. Contratado em setembro ao Brighton, Graham Potter foi o primeiro técnico da era Todd Boehly, mas estava a fazer o último jogo no banco. Lançou Kanté aos 57 minutos para o lugar de Loftus-Cheek, com o francês a atuar num meio-campo a três com Kovacic e Enzo Fernández.

Foi com esta fórmula que Bruno Saltor, atual interino, entrou em campo diante do Liverpool. E com uma nuance interessante. Com Enzo Fernández mais recuado e Kovacic a carregar jogo, mais perto do argentino, Kanté surgiu muitas vezes como o médio mais avançado, numa tentativa de pressionar mais alto.

Os terrenos que Kanté pisou diante do Liverpool
Os terrenos que Kanté pisou diante do LiverpoolOpta by Stats Perform

Três treinadores, três ideias diferentes, quatro jogos. A época de N’Golo Kanté a resumir a instabilidade de um Chelsea que voltou a ganhar poderio financeiro depois da incerteza que rondou a situação de Abramovich, mas que ainda não tem um projeto desportivo definido.