Recorde as incidências da partida
À entrada do minuto 87, o Everton liderava com os golos de Michael Keane e Dominic Calvert-Lewin.
Mas Antoine Semenyo marcou com o que era então apenas o segundo remate do Bournemouth à baliza, aos 87 minutos, provocando um embaraçoso colapso do Everton.
Os golos de Lewis Cook e Luis Sinisterra nos descontos completaram uma reviravolta que o treinador do Bournemouth, Andoni Iraola, admitiu que a sua equipa não merecia.
Nunca na longa carreira de Dyche, como treinador de Watford, Burnley e Everton, ele havia passado por uma derrota tão devastadora.
"Já tive algumas derrotas ao longo dos meus anos como jogador, treinador e dirigente, mas esta é a mais frustrante, porque dominar um jogo durante tanto tempo e sair dele sem nada, pelo menos, é incrivelmente frustrante", afirmou.
"São situações destas que, como treinador, nos fazem coçar a cabeça", assumiu.
O Everton sofreu 10 golos nos seus três primeiros jogos da Premier League e está em último lugar na tabela.
Foram vaiados no apito final pelos seus furiosos adeptos e enfrentam mais uma vez uma luta contra a despromoção, depois de um péssimo início da sua última época em Goodison, antes de se mudarem para um novo estádio.
"Falo com os jogadores a toda a hora e essa tem sido a minha maior frustração desde que aqui cheguei. Infelizmente, aproveitar as oportunidades tem sido um desafio", disse Dyche.
"Por qualquer razão, eles marcam um golo e nós olhamos uns para os outros: 'Quem vai ganhar um desafio, quem vai ganhar uma corrida, quem vai ganhar uma cabeçada? Estamos à espera que alguém faça a diferença'. Depois do primeiro golo, senti o cheiro no ar. Não necessariamente a não ganhar, mas senti o cheiro: 'Isto não está certo', e gritei-lhes para que recuperassem a forma e fizessem o lado feio do jogo. Não o fizemos e eles conseguiram uma vitória do nada", explicou o treinador do Everton.