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Manchester United e Chelsea têm pelo menos uma coisa em comum. Ambas as equipas estão fora do "top 6" inglês ao fim de 14 jornadas. Longe da glória de outrora, estão a tentar lidar com as adversidades do campeonato da melhor forma possível.
Enquanto Erik ten Hag ainda não reencontrou o ímpeto que imprimiu na época passada, Mauricio Pochettino está a melhorar contra os grandes. O duelo entre os dois homens promete ser disputado, mas também um teste que refletirá plenamente o progresso ou as deficiências das temporadas de ambos os clubes.
Manchester United à deriva
É muito simples. Desde o início da época, o Manchester United venceu oito jogos e perdeu seis na Premier League. Um total que ilustra bem o estado dos red devils. Enquanto o seu meio-campo e a presença de Bruno Fernandes e Eriksen os orientam para a baliza adversária, os seus dias maus mergulham-nos em derrotas terríveis.
Além disso, os jogadores que tiveram um bom desempenho na época passada já não têm as mesmas qualidades. Casemiro está ausente da maior parte dos jogos devido a uma lesão, Marcus Rashford já não está no seu melhor e marca menos golos, Antony não progrediu e os demónios do final de 2022/23 estão a ressurgir, e a defesa tem dificuldades e comete erros sucessivos. Por conseguinte, o United esteve por várias vezes em desvantagem e não conseguiu recuperar.
Há que referir também o conflito entre Ten Hag e Jadon Sancho em setembro passado. O equilíbrio da equipa foi abalado. E se os problemas foram resolvidos, os do treinador sucederam-se. Incapazes de se renovarem, os red devils são inconsistentes.
Depois de terem sido derrotados por 1-0 pelo Newcastle no fim de semana, enfrentam agora o desafio de Londres. Por isso, terão de encontrar uma forma de dominar e continuar os seus esforços para reaprender a avançar. "As coisas são como são. Precisamos de corrigir as coisas. Sei que somos resistentes. Nós podemos fazer isso", disse o técnico neerlandês após a derrota.
Chelsea recomeça
Em contrapartida, apesar de ter vencido cinco vezes, perdido cinco e empatado quatro, o Chelsea parece mais sereno. E isso graças a um compromisso que permite ao clube londrino seguir em frente, principalmente contra os grandes. Mais bem organizado do que no ano passado e com mais vontade de progredir, como exigiu Pochettino, o clube está a dar passos em frente.
Nos últimos cinco jogos, os Blues venceram duas vezes e marcaram belos golos, tendo empatado com o Manchester City. Mas é claro que ainda há algumas áreas a serem trabalhadas. A defesa precisa de mais estabilidade, mas a resistência está lá.
E essa é talvez uma das pedras angulares do método de Pochettino. Mostrar resiliência e adversidade enquanto explora as qualidades ofensivas dos seus jogadores. "Temos de tentar ganhar confiança e agir como uma equipa, somos o nosso próprio inimigo", disse o argentino após a vitória sobre o Brighton (3-2) no fim de semana. Se a equipa estiver cheia de recursos, o resultado será mais fácil de alcançar.
Além disso, Christopher Nkunku também pode voltar aos relvados, já que, finalmente, recuperou de uma lesão. O treinador argentino disse que estava a avaliar a possibilidade da sua presença no jogo. Em todo o caso, o Chelsea vai tentar vencer em Old Trafford e subir um lugar na tabela.