Adeptos do Club Brugge fazem saudações fascistas durante ação de antirracismo na Liga belga
Os incidentes ocorreram no momento em que o início do jogo em Liège, entre o campeão em título e o Standard, foi marcado por uma ação organizada por uma "frente antifascista" destinada a banir o racismo dos estádios. Muitos adeptos em Bruges fizeram a chamada saudação "Kühnen" (braço estendido, polegar, indicador e dedo médio à frente), um grito de guerra dos grupos de extrema-direita.
Esta não é a primeira vez que os ultras do clube flamengo são culpados destes gestos. No final de julho, os adeptos Blauw en Zwart exibiram sinais nazis durante o jogo da Supertaça contra o Union Saint-Gilloise. A direção do Club Brugge condenou o incidente.
"O clube insiste que está a levar este assunto muito a sério e que irá proceder a uma investigação exaustiva", declarou em comunicado.
Numa reação ao jornal Le Soir de segunda-feira, o cientista político e sociólogo Jean-Michel De Waele afirmou que "o extremismo, o racismo e o fascismo estão a tornar-se comuns".
"Com os resultados (eleitorais) do Vlaams Belang (partido de extrema-direita) na Flandres, com o movimento de direita, com a rejeição dos migrantes que está a varrer a Europa, como é que estes sentimentos podem não estar presentes nos estádios?", questionou.
A Federação Belga de Futebol e a liga profissional ainda não tinham reagido a estes acontecimentos até ao meio-dia de segunda-feira.