Chicotada psicológica faz ricochete: Al Nassr, de Ronaldo, perde dérbi com Al Hilal (2-0)
Recorde aqui as incidências do encontro
Jelicic manteve Ronaldo no onze e como capitão nesta estreia no banco de suplentes do Al Nassr e como treinador de uma equipa principal, ele que assumiu de forma interina depois da saída de Rudi Garcia, logo após o empate (0-0) no terreno do Al Feiha.
Do outro lado estava nada mais nada menos que o campeão em título e finalista do Campeonato Mundial de Clubes, com Moussa Marega e André Carrillo na formação titular e Luciano Vietto no banco de suplentes de Ramón Díaz.
E foram mesmo os anfitriões que entraram melhor, com uma cara conhecida a dar águas pela barba à defesa do Al Nassr. Nos primeiros 10 minutos, Moussa Marega ficou perto do golo por duas vezes, sendo que na última, Ighalo desperdiçou o tento inaugural de baliza aberta.
Na resposta, Ayman ficou perto de fugir na área adversária, impedido por um grande corte de Jahfali que, no seguimento do lance, bateu com a cabeça no relvado e ficou inconsciente, mas o defesa saudita recuperou os sentidos e acabou mesmo por cumprir os 90 minutos.
Depois de 20 minutos sem interesse, Al-Amri trouxe alguma emoção ao jogo ao cometer a primeira grande penalidade sem grande justificação para isso, colocando a mão à bola num pontapé de bicicleta de Ighalo que ia para longe da baliza. Chamado a converter, o avançado nigeriano enganou Al Aqidi e colocou o Al Hilal em vantagem, aos 42 minutos, com a qual chegou ao intervalo... ao fim dos oito minutos de descontos.
Melhor do que as estatísticas, só mesmo ver o que aconteceu no relvado do Mrsool Park, em Ríade, até porque antes do descanso Talisca agrediu um adversário e escapou incólume. No arranque do segundo tempo, Marega voltou ameaçar a baliza de Al Aqidi.
O primeiro remate do Al Nassr só surgiu aos 54 minutos, por intermédio do mesmo Talisca e para defesa apertada Al Muaiouf, antes do jogo começar a descambar. Aos 58 minutos, Ronaldo fez um misto de placagem com mata-leão no pescoço de um adversário e levou um mero cartão amarelo.
Dois minutos depois, o Al Hilal voltou a beneficiar de uma grande penalidade, indiscutível e escusada, depois do recém-entrado Masharipov ter derrubado Michael quando este tentava passar pelo meio de outros dois defesas. Nada que saber para Ighalo que voltou a apontar para o mesmo sítio e a enganar o guardião.
Pouco depois, Talisca voltou a fazer das suas e não de forma positiva. Na tentativa de chegar a um cruzamento, derrubou um adversário e depois da falta assinalada pisou o mesmo. Michael Oliver recorreu ao monitor do vídeo e voltou com um... cartão amarelo. Incompreensível.
Mas ainda faltava uma enxurrada de incidências até ao apito final. Aos 76 minutos, Cristiano Ronaldo conseguiu mesmo introduzir a bola na baliza com um grande remate à meia volta, mas estava em posição irregular. Aos 84, achava que era a sua vez de converter um penálti por uma possível mão, mas o vídeo-árbitro reverteu a decisão. Ainda antes mesmo dos 90 minutos, o Al Hilal dispôs de duas soberanas ocasiões para fechar as contas do jogo, mas Ali Ajan afastou o perigo.
Para sobremesa, Michael Oliver reservou...15 minutos de descontos, nos quais nada se aproveitou, exceto cartões amarelos para Jahfalai e Álvaro González e uma série de contra-ataques falhados pelo Al Hilal. Do Al Nassr ficou apenas patente um deserto de ideias, uma equipa sem norte, sem rumo e sem capacidade para segurar a bola e potenciar as suas armas.