Futebol espanhol consegue uma dobradinha histórica e inédita na Bola de Ouro
Rodrigo Hernández e Aitana Bonmatí são os grandes vencedores da edição deste ano da Bola de Ouro, atribuída pela France Football em colaboração com a UEFA. A dupla espanhola era a priori improvável, uma vez que o avançado brasileiro era o principal nome em todas as sondagens. No entanto, a ultrapassagem inesperada, que começou a ser preparada nas últimas horas, é agora uma realidade.
O jogador do Manchester City, que vai falhar o resto da época devido a uma rutura do ligamento cruzado do joelho direito, foi fundamental na conquista da Premier League e do Campeonato da Europa. Assim, Pep Guardiola e Luis de la Fuente depositaram uma confiança cega no jogador nascido em Madrid, que é o pivô do seu clube - com nove golos e uma dúzia de assistências - e da seleção espanhola.
Contando apenas com os homens, foi preciso recuar até à edição de 1960 para encontrar o único espanhol na lista de vencedores. Luis Suárez, que derrotou o húngaro Ferenc Puskás (segundo) e o alemão Uwe Seeler (terceiro), não sabia que levaria 64 anos para passar o bastão a um compatriota. De facto, o emblemático avançado, que morreu em julho de 2023, nem sequer o pode ver com os seus próprios olhos.
A versão feminina do prémio foi introduzida apenas recentemente, em 2018, e esta é a primeira vez que o mesmo país triunfa em ambos os géneros. Ada Hegerberg ganhou o primeiro, Megan Rapinoe venceu na edição seguinte, Alexia Putellas assinou uma dobradinha histórica e a já mencionada Aitana recebeu o testemunho há 12 meses. Durante esse tempo, Leo Messi emergiu como protagonista absoluto, com Luka Modric e Karim Benzema como atores secundários.
Mais glória para o futebol espanhol
Para além desta dobradinha, a gala da Bola de Ouro também premiou o Real Madrid como melhor clube masculino e o Barcelona como melhor clube feminino. Sem esquecer o Troféu Kopa para Lamine Yamal. Nem o Prémio Sócrates para Jenni Hermoso.