Fuseini, o segundo jogador mais rápido da história: "Costumava driblar muito na formação"
Fuseini teria literalmente batido todos os jogadores da Liga dos Campeões do ano passado, incluindo Nuno Mendes, que registou 37,2 km/h. Mesmo a maior velocidade registada na Premier League, detida por Micky van de Ven com 37,38 km/h, fica aquém do desempenho notável de Fuseini. Falta-lhe apenas bater o jogador mais rápido da história, que foi Thierry Henry, com uma velocidade recorde de 39,2 km/h, em 1998.
"Costumava driblar muito na formação, mas os treinadores disseram-me que eu era rápido e que devia tirar partido disso. Foi aí que me apercebi que era mesmo muito, muito rápido", confidenciou ao Flashscore.
"A partir daí, comecei a correr muito. Não acho que esse seja um dos meus pontos fortes, mas também sou dinâmico, sei atacar".
Apesar da sua velocidade alucinante, está ciente do estereótipo generalizado de que os jogadores rápidos costumam ter dificuldade para tomar decisões em campo. Por isso, o atacante do Union St. Gilloise tenta manter a compostura e, com 12 golos nos últimos 24 jogos do campeonato, parece estar a ser bem sucedido.
"Quando se tem a bola, é preciso pensar. Não se pode estar sempre a correr. É preciso ter calma, com ou sem bola, e pensar bem", explica.
O jogador assume ainda que gostaria de correr com Mbappé em campo. Mas para que esse duelo acontecesse, o Union St. Gilloise teria de garantir uma vaga na Liga dos Campeões, algo que esteve perto de acontecer, com os belgas a perderem por 4-1 com o Slavia de Praga na fase de qualificação. Fuseini recebeu um cartão vermelho por comportamento antidesportivo no final do jogo, algo que ainda lamenta.
"Estou ansioso por voltar a jogar na Liga Europa, é uma grande competição. Quando assisti ao jogo na bancada, na quinta-feira passada, apercebi-me do quanto tinha falhado. Pensei muito e estraguei tudo. Tenho de aprender com os meus erros e seguir em frente. Espero estar disponível para a equipa no próximo jogo", acrescentou.
Apesar destes problemas, a aventura de Fuseini tem sido globalmente positiva, tendo conquistado os corações dos adeptos do clube de Bruxelas.
"Vir para a Bélgica foi uma das melhores decisões", afirma. "Nos últimos jogos não marcámos golos, tentámos trabalhar a finalização nos treinos. Para mim, pessoalmente, não se trata apenas de marcar golos, quero criar oportunidades e espaço para os outros jogadores. É claro que é frustrante não marcar golos, mas faz parte do jogo".
Apesar da boa fase, ainda não conseguiu vestir a camisa da seleção ganesa. No entanto, continua otimista.
"Continuo paciente e tenho a certeza de que, quando chegar a hora certa, serei chamado. E quando me chamarem, estarei lá e pronto para representar o meu país".