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Cheikh Sarr comenta sanção: "Por uma vez, deixei de pensar no coletivo"

Miguel Baeza
Cheikh Sarr, o guarda-redes do Rayo Majadahonda
Cheikh Sarr, o guarda-redes do Rayo MajadahondaRayo Majadahonda
O guarda-redes senegalês do Rayo Majadahonda vai falhar dois jogos e o seu clube também foi expulso. O Sestao também será punido pelos incidentes racistas.

Cheikh Sarr, que na terça-feira compareceu perante os meios de comunicação social para comentar o sucedido, voltou a pronunciar-se através de uma declaração nas suas redes sociais.

O guardião, recorde-se, está suspenso por dois jogos depois de ter sido expulso pelo facto de confrontar, na bancada, os adeptos que alegadamente proferiram insultos racistas.

Confira a mensagem na íntegra:

"Gostaria de agradecer as manifestações de apoio e solidariedade que recebi da minha equipa, dos meus companheiros de equipa, dos adeptos de todo o mundo e dos amantes do futebol desde que, no sábado, vivi um dos piores momentos da minha carreira desportiva. Em Las Llanas, tive de suportar que uma pequena parte dos adeptos me insultasse por causa da minha cor de pele. Foi um facto lamentável de que, infelizmente, não fui a única vítima nestes dias. Nada disto devia estar a acontecer no século XXI.

A minha filha merece um mundo melhor, onde o racismo não tenha lugar. Eu luto e lutarei por ela. Temos de o fazer pelos nossos filhos, para que nada disto volte a acontecer e seja apenas uma praga do passado. Nem eu nem ninguém deveria ter de sofrer insultos racistas como os que tive de ouvir. É totalmente inaceitável. O pior é que a minha reação também foi inaceitável.

Lamento muito que o meu comportamento não tenha sido condizente com aqueles que me defenderam desde o primeiro momento, especialmente a minha equipa, a quem gostaria de pedir desculpa pelo que a minha reação exagerada possa ter implicado. Por uma vez, deixei de pensar no coletivo. Estou certo de que a justiça terá de pôr cada um no seu lugar. Até os racistas.