A arma secreta de Inzaghi: Benjamin Pavard, o homem a mais na nova tela do Inter
Simone Inzaghi apostou toda a sua temporada numa bandeira, a francesa. O acordo, a custo zero, alcançado no inverno, com Marcus Thuram deu, de facto, ao treinador do Inter a possibilidade de concentrar os esforços económicos do clube nerazzurri no substituto de Milan Skriniar.
E, nesse aspeto, o técnico de Emilia nunca teve dúvidas. O homem certo para a sua nova Inter tinha o perfil técnico-tático de Benjamin Pavard. E, sim, porque Inzaghi, apesar de ter acabado de chegar de uma final da Liga dos Campeões, não estava satisfeito com a sua antiga tela.
Com vista à época em curso, já tinha, de facto, preparado um guião ambicioso que previa acrescentar à sua linha defensiva um jogador que pudesse repetir à direita os movimentos, tanto defensivos como ofensivos, a que Alessandro Bastoni nos tinha habituado à esquerda.
Em suma, era necessário mais um jogador capaz de ser fiável nos fechos, graças a um excelente sentido de posicionamento, e, ao mesmo tempo, que tivesse a leveza, a velocidade e os conhecimentos básicos para se projetar para a frente, tornando-se assim o homem extra na manobra ofensiva dos nerazzurri.
Em suma, um lateral com alma e pés de defesa-central: Benjamin Pavard, de facto. Colocá-lo fielmente num quadro tático é uma tarefa árdua, porque sabe-se onde começa, mas não onde acaba. E é justamente essa sua imprevisibilidade, tornada menos perigosa pela cobertura sempre atenta de Matteo Darmian, que o transformou na arma letal de Inzaghi.
Tanto que, em apenas uma semana, assinou a fuga do Inter Milão no campeonato. Desde a defesa milagrosa em Florença, até à brilhante sforbiciata que provocou o auto-golo de Federico Gatti no grande jogo de San Siro contra a Juventus. E o Atlético de Madrid também o notou, na passada terça-feira.
E assim, um semestre depois, os 30 milhões pagos pelo Inter por ele assumiram contornos de uma verdadeira pechincha. Até porque o clube nerazzurri precisava de acrescentar ao seu tabuleiro de xadrez um futebolista do seu calibre internacional: campeão do mundo com a França, campeão de tudo com o Bayern de Munique.
"Antes de um jogo, penso em como ganhá-lo e, como defesa, em como não sofrer golos. Depois, gosto de festejar com os adeptos: jogo os jogos para os ganhar, jogo futebol para conquistar títulos. É por isso que sempre sonhei em ser jogador de futebol. Quando era miúdo, via todas as grandes equipas levantarem troféus, não jogo futebol pelo dinheiro, mas sim pelos troféus, é isso que me move em campo, quero estar orgulhoso de mim próprio no final da minha carreira", afirma Pavard.