“Estou de saco cheio com os jogos seguidos, as viagens seguidas, é chegar ao centro de treino às 4:00 da madrugada, é decidir se vou dormir a casa com a minha família ou se fico ali. Não é isto que que quero para mim. Prestem atenção aos treinadores que passam por aqui, sejam os brasileiros, portugueses ou argentinos. Vocês (jornalistas) são aos grandes responsáveis para poder mudar isso. Fazem muito bem quando criticam os jogadores, mas têm de criticar a organização. Se fazem isso, eu não oiço. E quem está na frente também ainda não ouviu”, desabafou após o triunfo diante do Internacional, no Brasileirão.
Assediado pelo futebol europeu (o Benfica foi o mais recente rumor), Abel Ferreira deixou no ar a possibilidade de deixar o Palmeiras antes do final do contrato que termina em dezembro de 2024.
“Não sei, tenho de esperar para ver”, disse laconicamente.
No meio de um calendário de jogos bastante cheio, Abel Ferreira não perdoou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
“É uma vergonha deixaram fazer oito jogos seguidos com dois ou três dias de descanso. É insano. No último jogo aqui, o Athletico Paranaense ficou sem dois jogadores, hoje o Luan lesionou-se, o Inter perdeu dois jogadores. Isso não faz as pessoas refletirem? É uma vergonha o que fazem com os jogadores brasileiros e com o futebol brasileiro. Todos podemos errar, mas temos de pensar. Enquanto eu estiver aqui no Brasil vão ouvir dizer que é uma vergonha. É a minha opinião. E tudo o que digo é apenas com um objetivo: tornar o futebol brasileiro melhor”, asseverou.