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Abel Ferreira responde aos adeptos: "Gostam do Palmeiras, mas gostam mais de ganhar"

Eliminado da Libertadores, o treinador palmeirense vê o título brasileiro mais distante
Eliminado da Libertadores, o treinador palmeirense vê o título brasileiro mais distanteCesar Greco/Palmeiras
O técnico Abel Ferreira não ficou contente com o comportamento recente dos adeptos do Palmeiras após a derrota com o Santos (1-2) no Brasileirão. O revés no clássico, de virada, foi o terceiro seguido do Alviverde na Série A. O resultado deixa o Palmeiras a 10 pontos do líder Botafogo poucos dias depois da eliminação na Libertadores.

"É normal passar por um período de turbulência, como nós estamos neste momento, sim, porque não ganhamos e agora temos que aguentar as pancadas. Os adeptos gostam do Palmeiras, mas gostam mais de ganhar", afirmou o técnico na conferência de imprensa na Arena Barueri.

"Os meus jogadores têm todo meu orgulho, admiração e respeito. Comigo tem crédito, comigo e com os verdadeiros palmeirenses. Com os adeptos da vitória, vamos ter que levar com o pau", analisou.

"Há sinais que têm que ser lidos. Não é assim que vejo o 'todos somos um'. Tenha certeza que todos fazem o melhor para ajudar o clube, viemos de uma eliminação dura para todos, para mim, para os jogadores, são sempre momentos difíceis onde o lado emocional está muito em cima", disse o técnico, sobre as críticas vindas das bancadas.

Abel colocou Endrick de titular nas duas últimas partidas do Brasileiro
Abel colocou Endrick de titular nas duas últimas partidas do BrasileiroPalmeiras

"Fico triste porque o espírito do 'todos somos um' fica beliscado, a harmonia tem que existir porque nossos adversários têm que estar fora, não cá dentro. Têm que ser o Boca, o Santos, o Flamengo, o Corinthians, os outros", acrescentou.

Abel também revelou que alguns jogadores que deixaram o clube neste ano pediram para sair porque estavam sendo ameaçados por torcedores.

"O problema destes rapazes não é a qualidade deles, mas a agressividade das críticas que fazem aos novos jogadores no geral. É a agressividade com que se diz que hoje o Endrick é o melhor do mundo e na semana seguinte tem que ir para os juniores porque não está numa fase boa. É isso que mata os jogadores, uma crítica tão agressiva e violenta", explicou o português.

Kevin, um dos talentos da Academia, jogou bem contra o Peixe
Kevin, um dos talentos da Academia, jogou bem contra o PeixePalmeiras

Sem inspiração

Abel Ferreira culpou "a falta de qualidade na finalização" pela derrota contra o Santos, dizendo que os jogadores estão"pouco inspirados e criativos".

"Há coisas que não consigo dizer. Por que o López passou a bola para o lado e não assumiu (a finalização). Nós estamos aqui para assumir as responsabilidades deles, sou eu que escolho, eu que os meto no onze", disse o treinador.

"Tenho que assumir, fomos passarinhos na forma como sofremos os gols", disse ele, assumindo que a equipa falhou defensivamente tanto contra o Boca Juniors, como contra o Santos.

"Sabíamos que na segunda parte iríamos sofrer, que vínhamos de uma derrota pesada (contra o Boca), que isso iria entrar no subconsciente dos jogadores. Sabíamos que nos últimos minutos estaríamos cansados, era fundamental fazer o primeiro tempo como fizemos", analisou Abel: "Temos que aguentar as críticas. Não gosto quando idolatram, nós não salvamos vidas. Quando as coisas correm bem, transformamos os jogadores em Deus, e quando se perde, transformam em lixo. E não é assim, todos temos coisas boas e coisas más. O futebol brasileiro é muita emoção".

O técnico admitiu que a equipa "perdeu maturidade" com a saída de jogadores experientes e cravou:"não é preciso fazer muitas mudanças, é preciso fazer as mudanças certas".