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Brasil fecha mais de 2 mil sites de apostas e Corinthians pode perder patrocinador

Klaas-Jan ter Veen/AFP
Anúncio de um site de apostas na camisola do Corinthians
Anúncio de um site de apostas na camisola do Corinthians Corinthians
As autoridades brasileiras começaram a fechar, na sexta-feira, mais de 2.000 sites de apostas, incluindo sites que patrocinam a popular equipa de futebol Corinthians e outros clubes da primeira divisão, como parte de um esforço para regular o jogo online.

A maior economia da América Latina está a debater-se com aquilo a que o Ministro das Finanças, Fernando Haddad, chamou uma pandemia de jogo, levando o governo a apertar os parafusos do sector. Desde 2018, quando o Brasil legalizou as apostas desportivas, o jogo online tornou-se um jogo livre, sem regras nem impostos.

Alguns dos sites mais populares centram-se nas apostas desportivas, mas os brasileiros também se tornaram viciados em jogos de azar, como o Aviator, onde os jogadores apostam no voo de um avião virtual, ou o jogo de casino online Fortune Tiger. O governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou interditar os sítios que não cumprissem as novas regras, que entram em vigor em janeiro.

As novas regras visam combater a fraude e o branqueamento de capitais e proteger os utilizadores, proibindo, por exemplo, as apostas a menores. "Quem não estiver regularizado, ou em processo de regularização, será retirado do ar", afirmou Haddad em comunicado.

O Ministério da Fazenda disse ter identificado 2.040 "domínios suspeitos" que a agência reguladora de telecomunicações Anatel pediu para bloquear. A lista negra inclui a Esportes da Sorte, que patrocina o Corinthians, um dos clubes de futebol mais populares do Brasil, bem como o Athletico Paranaense, o Bahia e o Grémio de Porto Alegre.

O ministério disse que os sites de apostas serão bloqueados e não poderão mais fazer publicidade, "o que inclui, por exemplo, o patrocínio de clubes de futebol". Mais de 200 outros sites serão autorizados a continuar a operar depois de concordarem com as novas regras.

O Banco Central do Brasil estima que 24 milhões dos 212 milhões de habitantes do país, cerca de uma em cada nove pessoas, jogam online. Lula alertou recentemente que o jogo está fazendo com que muitos brasileiros de baixa renda se endividem.