Fernando Diniz apresentado no Cruzeiro: "Inegociável é ter vontade de vencer sempre"
"Para mim é uma grande satisfação, um sonho que se realiza. Joguei aqui em 2004. Sou nascido em Patos de Minas, o meu pai era um grande adepto do Cruzeiro na década de 1960, em que os ídolo eram Tostão, Dirceu Lopes, Natal, Piazza, Zé Carlos, essa turma", recordou Fernando Diniz.
"Ele saía de Patos de Minas para ir a São Paulo ver o Santos - Cruzeiro. Perdi o meu pai com 8 anos, era um apaixonado por futebol. Então tem um valor sentimental agregado nesta minha chegada aqui", explicou o treinador.
Logo na primeira pergunta, o novo técnico do Cruzeiro foi questionado sobre o jogo com os pés do guarda-redes Cássio. Fernando Diniz mostrou confiança no processo e citou o exemplo de Fábio, com quem trabalhou no Fluminense.
"Para mim isso é uma coisa muito natural. Vocês tiveram um guarda-redes aqui com quase mil jogos que não jogava com o pé (Fábio). Tinha até menos estímulo do que o Cássio, bem menos, e passou a ser uma figura central no modelo de jogo do Fluminense, ajudou a gente imensamente com 42 anos", explicou Fernando Diniz.
"Para mim não é nenhum problema, inclusive acho que o Cássio já tem estímulos com os pés. É um jogador que tem totais condições de jogar com os pés e ajudar o Cruzeiro, como já tem ajudado, a conseguir as coisas que a gente precisa nessa temporada e nas outras que vão vir", acrescentou.
"Se vocês analisarem o jogo do Cássio, é um guarda-redes que tem bola média e bola longa muito boas. Dá para ver pelos jogos contra o Libertad ou Cuiabá, de o Cruzeiro fazer ataques que se originaram pelo Cássio. Então, para mim, ele faz parte da solução", garantiu o treinador.
O que é inegociável?
Fernando Diniz destacou que a parte tática não é a mais importante do futebol e reafirmou que o seu foco é extrair o melhor nível de cada jogador. O técnico definiu quais são os três elementos essenciais do seu trabalho.
"Inegociável é ter vontade de vencer sempre, ser uma equipa solidária e ser corajosa. O resto é negociável", garantiu.
"Esse é o tripé essencial para o que penso do futebol. E o jeito de jogar é um jeito de dar vazão para que essas coisas aconteçam. Que os jogadores consigam ser solidários, tenham muita fome de vencer e tenham coragem. E que isso passe para os adeptos, que eles gostem, incentive, e que isso crie uma simbiose com o adepto", projetou.