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Brasileirão: Três fatores que explicam o sucesso do Fortaleza

Breno Lopes é uma das peças da boa engrenagem cearense
Breno Lopes é uma das peças da boa engrenagem cearenseMatheus Amorim/FEC
O Fortaleza é a grande sensação do Brasileirão. Depois de 22 jogos realizados no torneio, o Laion é o vice-líder, com 45 pontos, tendo um ponto e um jogo a menos que o líder Botafogo.

Abaixo, o Flashscore indica três dos pontos que têm feito a diferença para o Fortaleza voar no maior torneio do Brasil, deixando para trás equipas de orçamento superior, que começaram o campeonato com o favoritismo do seu lado.

Confira a classificação atualizada do Brasileirão

Os adversários de maior poderio económico, no entanto, não esperavam que o Fortaleza demonstrasse tamanha regularidade que os deixasse a comer poeira, precisando de correr atrás do prejuízo para igualar o que tem feito a turma do técnico Juan Pablo Vojvoda.

1) Trabalho de grande capacidade a longo prazo

O Fortaleza encontrou em Juan Pablo Vojvoda um maestro na linha lateral. Há mais de três anos no comando do clube - foi anunciado em maio de 2021 -, o treinador argentino implantou a sua filosofia de trabalho, colocando a equipa à sua imagem. Vojvoda chegou depois de não continuar no Unión la Calera, clube que levou ao segundo lugar na liga chilena. 

Depois de chegar como um desconhecido ao futebol brasileiro, Vojvoda é, hoje, considerado um dos principais treinadores no país. 

Vojvoda já recusou propostas para clubes de maior expressão no Brasil
Vojvoda já recusou propostas para clubes de maior expressão no BrasilMatheus Amorim/FEC

O treinador já recebeu propostas de clubes do Sul e Sudeste brasileiro, que levaram um "não" do argentino, que sabe que o cenário noutro lugar tem tudo para não ser o mesmo. 

Os anos no futebol brasileiro fizeram Vojvoda ter a plena consciência de como funciona a "máquina de tritutar treinadores", com pouca paciência e muita pressão vinda de todos os lados, entre adeptos e dirigentes. 

Foi sob o seu comando que o Fortaleza fincou os pés além da fronteira nacional, marcando presença em torneios internacionais. Em 2021, o Laion terminou o Brasileirão dentro nos quatro primeiros lugares, cravando vaga na Libertadores, que contou com a sua presença nos dois anos seguintes. Em 2023, bateu na trave ao perder a final da Sul-Americana para a LDU Quito. Em 2024, está a uma vitória dos quartos de final da mesma competição. 

Estabilizado no Fortaleza, contou com a confiança do então presidente Marcelo Paz, que soube, de forma muito inteligente, segurá-lo em momentos de oscilação, bancando a presença do treinador, que deu a volta por cima quando alguns poderia imaginar que estava com os dias contados.

2) Adeptos presentes que ajudam em campo

O Fortaleza conta com uma das torcidas mais fanáticas - e presentes - do futebol brasileiro. A força das bancadas tricolor faz grande diferença para o desempenho dentro de campo. Os números em casa justificam e explicam isso. Em 12 jogos no Brasileirão, o Fortaleza ainda não perdeu nenhum (nove vitórias e três empates), sendo a única equipa que está invicta diante dos seus adeptos na competição.

O mosaico nas cadeiras do Castelão é apenas uma da parte da festa que os adeptos fazem a cada jogo dentro de casa, com o grito que sai das gargantas sendo outro trunfo, impulsionado, principalmente, pelo bom desempenho do em casa. Se não correspondesse dentro das quatro linhas, a presença e intensidade nas bancadas tinha tudo para não ser a mesma. 

3) Plantel de qualidade

Apesar de não contar com os mesmos milhões (e a vitrine) de clubes como Palmeiras e Flamengo, o Fortaleza conseguiu montar um plantel com peças de qualidade, que fazem Vojvoda ter substitutos à altura daqueles que saem. A rotina de desfalques por lesões e suspensões são frequentes, mas não impedem o Laion de manter a regularidade dentro e fora de casa. 

Um bom exemplo está no seu ataque. A ausência de Lucero, melhor marcador em 2024, com 22 golos, nos últimos quatro jogos, não originou uma queda de rendimento no setor ofensivo, com nomes como Breno Lopes, Marinho, Moisés e Pochettino correspondendo à ausência. Nestas partidas sem o argentino, o Fortaleza marcou em todas. 

Se não tivesse boas opções para rodar a equipa - situação que é inevitável no calendário brasileiro - o Fortaleza dificilmente apresentaria os números positivos de agora.

O clube é o segundo que mais venceu na atual edição do Brasileirão (13) e o que menos perdeu (três derrotas). O aproveitamento do Laion é de 68%, superando o do líder Botafogo.