Com apenas vinte e quatro anos, Christian Pulisic entrou na elite do futebol europeu há várias épocas. Aproveitando o facto de o seu contrato expirar em 2024, o AC Milan foi buscá-lo ao Chelsea por uma quantia objetivamente baixa, apenas 20 milhões de euros, além de bónus, o que foi suficiente para o arrancar das mãos dos Blues, que durante esta sessão de mercado desmantelaram literalmente o seu plantel, mesmo à custa de perderem alguma coisa nas avaliações. E, por vezes, sem conhecimento.
Pulisic, de facto, foi comprado pelos Chelsea em 2019, por 64 milhões de euros, e nos últimos quatro anos não perdeu valor ou queimou o seu talento, muito pelo contrário.
Os números
Certamente as estatísticas recentes não estão do lado do americano, mas não apenas por causa de falhas atribuíveis a si próprio.
Uma das razões, no que se refere pelo menos à última época, está relacionada com as lesões: Pulisic lesionou-se uma primeira vez de forma ligeira, durante Mundial do Catar, e depois em outra ocasião, muito mais complicada, no início de 2023. O problema no joelho sofrido pelo americano obrigou-o a falhar cerca de dez jogos.
A outra razão que limitou a sua contratação está obviamente relacionada com a superabundância de talento no Chelsea, que obrigou a rotações em praticamente todos os jogadores ofensivos durante a última época - muito complicada - em que se alternaram três treinadores diferentes (Thomas Tuchel, Graham Potter e Frank Lampard).
Uma rotação contínua que não poupou ninguém e que nem mesmo Pulisic conseguiu evitar.
A posição
É certo que a sua posição em campo é uma incógnita. Habitualmente como avançado exterior esquerdo, ou num tridente ofensivo, para regressar com o pé forte, o direito: em suma, a zona onde Rafael Leão atua.
No entanto, o antigo número 10 do Chelsea deve ser considerado para muito mais do que isso, uma espécie de wild card capaz de atuar também no flanco oposto ou numa posição mais central: estas duas opções, neste momento, parecem ser as mais adequadas, evitando que possa pisar os pés do internacional português.
Uma das suas qualidades é, sem dúvida, a de ser capaz de driblar rapidamente, garantindo velocidade de execução e altruísmo, um dom fundamental para quem atua como avançado.
No AC Milan, reencontra os antigos companheiros de equipa Ruben Loftus-Cheek e Olivier Giroud.
O seu passado
No Borussia Dortmund, estreou-se com apenas dezassete anos, razão pela qual Pulisic dá a impressão de ser um veterano.
Com o Chelsea, ganhou a Liga dos Campeões em 2021, marcando mesmo um golo valioso na meia-final, fora de casa, contra o Real Madrid.
Na seleção dos Estados Unidos, é o líder absoluto, aquele que pegou no testemunho deixado por Landon Donovan e Clint Dempsey: no Mundial-2022, provou mais uma vez o seu valor na cena internacional.
Se quisermos contar apenas os golos, são 20 na Premier League, sete na Europa e 25 com a seleção nacional.