O CIES Football Observatory classificou as 100 associações nacionais com o maior número de jogadores expatriados em 135 ligas de todo o mundo.
Os expatriados são definidos como futebolistas que jogam fora da associação onde cresceram e que deixaram após serem contratados por um clube estrangeiro.
No total, foram analisados no estudo 62 610 jogadores que faziam parte da equipa principal do seu clube empregador no dia 1 de maio, incluindo 14 405 expatriados.
Com um número recorde de 1.289 expatriados, o Brasil lidera a lista, à frente da França (1.033) e da Argentina (905). Estes três países representam 22,4% do número total de expatriados, o que reflecte a sua liderança mundial no desenvolvimento de futebolistas de alto nível.
Nigéria, Japão e Estados Unidos lideram os rankings das outras principais confederações.
A pesquisa realizada pelo CIES Football Observatory, apresentada aqui, também mostra o número de expatriados por faixa etária, com os franceses em primeiro lugar para aqueles com 23 anos ou menos, os brasileiros para aqueles com 23 a 26 e 27 a 30 anos, e os argentinos para aqueles com mais de 30 anos.
A França também lidera a lista no que diz respeito à origem dos jogadores expatriados nas chamadas "cinco principais" ligas europeias, o que prova a qualidade da sua reserva de talentos incrivelmente profunda.
Desde 2017, o Observatório do Futebol do CIES tem vindo a recolher dados sobre os destinos dos jogadores com base nos mesmos critérios e no mesmo dia, todos os anos, o que lhe permite demonstrar a evolução das tendências dos movimentos dos futebolistas.
Durante esse período, o número de futebolistas expatriados aumentou significativamente em todo o mundo. Em média, um clube emprega atualmente 6,5 expatriados, contra 5,4 em 2017, o que representa um aumento de cerca de 20%.
Os clubes da UEFA lideram o caminho entre as confederações continentais, com uma média de 7,8 expatriados por clube. Os avançados representam o maior número de expatriados por posição (30,2%). Em contrapartida, a presença é menor entre os guarda-redes (14,9%).
Como mencionado anteriormente, o estudo mostrou que o Brasil contribui com o maior número de jogadores expatriados, seguido pela França. Ambas as nações aumentaram a sua representação de expatriados em 5,4% desde o ano passado, enquanto a Argentina, que ocupa o terceiro lugar, aumentou o seu número de exportações com uns impressionantes 10,8% desde 2022.
Outros grandes impulsionadores em termos de números de exportação no ano passado incluem a Suécia (16,6%), a Nigéria (13,6%) e a Espanha (13,1%).
Desde 2017, o maior aumento do número de expatriados foi registado em França. São mais 265 futebolistas franceses a jogar no estrangeiro este ano do que quando os estudos começaram. Isto corresponde a um aumento de mais de um terço.
Em termos percentuais, a Colômbia lidera o crescimento do número de expatriados desde 2017, com um incrível aumento de 49%.
Das 183 associações representadas em 2023, apenas 59 registaram uma diminuição desde 2017, com a diminuição máxima registada na Sérvia (-59 expatriados). Os números insignificantes de declínio indicam que a migração futebolística não mostra grandes sinais de abrandamento num futuro próximo.
De um modo geral, são cada vez mais os futebolistas que se deslocam para o estrangeiro, como indicado acima. Os expatriados representam agora quase um quarto dos jogadores activos nas 135 ligas analisadas no estudo do Observatório do Futebol do CIES.