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Clubes italianos respiram de alívio, com benefício fiscal prolongado até 29 de fevereiro

Raffaele Riverso
Victor Osimhen já renovou, José Mourinho poderá fazê-lo
Victor Osimhen já renovou, José Mourinho poderá fazê-loProfimedia
Os clubes italianos vão poder usufruir dos benefícios fiscais do decreto durante mais dois meses. Vantagens tanto para quem chega como para quem renova. E, entretanto, a Liga e a Federação de Futebol estão a pensar em como convencer o Governo a prolongar o prazo.

Os clubes da Série A abordaram a sessão de inverno do mercado do futebol com pouca esperança e muitas dúvidas. E sim, porque o dinheiro é escasso e as ofertas faraónicas da Arábia continuam a ameaçar a continuidade dos atletas que ainda têm muito para dar ao futebol europeu.

E é por isso que a decisão do Governo de prolongar até ao próximo dia 29 de fevereiro os benefícios fiscais garantidos pelo Decreto Crescita foi saudada como um objetivo decisivo em plena recuperação.

Inicialmente, de facto, a data de expiração do decreto tinha sido fixada a 31 de dezembro deste ano. A renovação relâmpago de Victor Osimhen com o Nápoles, assinada no passado sábado, vai nesse sentido.

Só para quem está em situação regular

Em vez disso, Aurelio De Laurentiis e o avançado nigeriano poderiam ter levado as coisas com mais calma. O Decreto Crescita foi, de facto, incluído no Milleproroghe, no artigo 15, parágrafo 3, onde se afirma que a medida será"prorrogada até 29 de fevereiro de 2024 se os clubes desportivos empregadores estiverem em dia com o pagamento das suas obrigações fiscais, previdenciárias e contributivas".

Fundamental nesta última passagem é o facto de limitar os benefícios de uma norma que permitiu ao sistema futebolístico italiano pagar salários mais competitivos aos jogadores que decidiram mudar-se para o nosso país àqueles que estão em dia com as suas obrigações fiscais.

Como dissemos, referindo-nos ao caso Osimhen, não são apenas os futebolistas que chegam que beneficiam das vantagens fiscais, mas também aqueles que decidem ficar.

Corrida pela oportunidade, mas também pela renovação

Não é por acaso que, nas próximas semanas, paralelamente à procura de reforços, os clubes italianos terão mais uma arma à sua disposição para convencer os seus funcionários a renovar os contratos. De Mourinho a Mkhytarian e Dumfries, para citar apenas alguns exemplos. E até a Juve poderá pedir a Kean que distribua o seu salário por vários anos.

Só depois é que a Lega e a Federcalcio tentarão convencer o Governo a prolongar por mais tempo uma medida cuja abolição teria, como dizem os clubes,"consequências desastrosas para o futebol transalpino".

Na carta enviada a Giorgia Meloni, a Lega tentou, de facto, fazer compreender à primeira-ministra que a despedida dos jogadores com os salários mais elevados teria também efeitos directos nos cofres do Estado. E não propriamente positivos:"A carga fiscal da Serie A equivale a cerca de 60% dos impostos pagos ao Tesouro por todo o mundo desportivo. Uma Serie A competitiva e vencedora na Europa traz, portanto, mais recursos ao Estado e a todo o desporto nacional".