Entrevista Flashscore a Arthur: "Muita emoção poder fazer parte da seleção brasileira"
O Flashscore conversou com Arthur e repercutiu a oportunidade dada ao atleta, que segue no radar de Ramon Menezes. O lateral foi convocado para os próximos particulares da seleção sub-20 da canarinha que se prepara para o Mundial da categoria.
A presença na seleçaão Brasil aconteceu por via dessa ligação com o treinador interino, sendo que Arthur foi parte importante do plantel campeão do Sul-Americano Sub-20. Mineiro, de Belo Horizonte, defende o América Mineiro e fez história ao ser o primeiro atleta do clube convocado de forma direta à seleção desde 1975.
Com muitos sonhos e inspirações, como Cafu e o ex-americano Danilo, hoje na Juventus, Arthur destacou a felicidade pela presença na seleção principal. O lateral também demonstrou maturidade no discurso, no que deseja para a vida e na emoção que sentiu ao realizar o sonho de toda uma família que sempre o apoiou.
Contra Marrocos, Arthur esteve em campo por poucos minutos, mas o simbolismo daquele momento jamais sairá da memória. Uma carreira meteórica para um atleta que possui apenas 20 jogos como profissional e que está pronto para mais um salto na carreira.
Consegue descrever a emoção que sentiu ao ver seu nome chamado pelo Ramon? Qual foi a primeira pessoa que veio à cabeça ou a quem dedicou esta convocação?
Foi muita felicidade, muita emoção. Tão novo e poder fazer parte de algo tão grande, tão relevante como é a Seleção Brasileira. Foi um mix de emoções, senti vontade de chorar, de correr por aí, de gritar, de poder abraçar quem estava na minha frente. Foi uma sensação muito boa. As pessoas de quem lembrei foram o meu pai, minha mãe, minha irmã, meu irmão e meus tios, que sempre estiveram presentes na minha vida. E também o meu avô, que infelizmente não está mais aqui, mas disse que sonhava com a chegada desse momento.
É o primeiro jogador do América desde 1975 convocado para a Seleção principal. Qual o peso do América para esta projeção e o quanto este clube significa?
O América significa muito porque foi um clube que abriu-me as portas num momento difícil da minha carreira. Tinha acabado de ser dispensado de outra equipa, e eles abriram as portas. O América acreditou no meu trabalho para que eu pudesse realizar este sonho. Poder escrever a minha história neste clube é algo muito especial e gratificante.
Qual é primeira memória da Seleção Brasileira? Qual jogador mais te inspirou com a canarinha?
Uma lembrança que eu tenho quando se fala de Seleção são os títulos, os Mundiais, as Taças das Confederações,Jogos Olímpicos. E um jogador que me inspirou foi o Cafu, um grande atleta, que escreveu uma história linda na Seleção, mas fora também.
O futebol brasileiro tem uma nova geração talentosíssima. Como encara esta oportunidade, ainda mais no início de um novo ciclo na Seleção?
Eu encaro esta oportunidade como um crescimento. Todos são jogadores muito novos, mas jogadores com um Mundial nas costas, Champions League, Mundial de Clubes. São atletas novos, mas com grande experiência, jogadores mais leves. Vejo isso como uma oportunidade de aprender e poder melhorar cada vez mais.
O América tem tradição de jovens valores que sempre ajudaram a Seleção, como foi o caso de Gilberto Silva, Richarlison e também de Danilo. É mais um membro desta escola. Queria que falasse especificamente do Danilo. Sonha em seguir os passos dele?
Sonho, sim, em poder trilhar um caminho parecido com o do Danilo. Espero trabalhar para que eu possa fazer melhor ainda, porque ele é um atleta formado na mesma equipa que eu, foi revelado pelo América e chegou ao mais alto nível do futebol, disputou um Mundial, que também é um dos meus sonhos. Eu espero, sim, poder trilhar um caminho parecido com o dele ou até melhor.
E planos para para o futuro? Quais são suas expectativas? Até onde deseja chegar e como esta convocatória pode influenciar o caminho?
O futuro que planeio, junto da minha família, é poder um dia jogar em grandes clubes europeus. Todo o menino que joga futebol tem esse sonho de jogar num campeonato europeu, uma Champions League, um Mundial de Clubes. Poder chegar a um Mundial, jogando bem, ao mais alto nível. E essa convocatória significa muito para mim e para o América, porque valoriza o trabalho que vem sendo feito há alguns anos. Eu espero aproveitá-la da melhor forma possível para que possa ter outras.