"Quando vim pela segunda vez (como jogador), o objetivo era mais dar do que receber. Queria abrir o caminho para uma nova geração. Tu és o exemplo, dizendo: 'Ouve, é assim que funciona'. Quando se está em Milão, é a elite da elite: pressão, exigências, obrigações", assumiu o antigo internacional sueco, em declarações ao The Athletic.
"É preciso assumir a responsabilidade, tornar-se um homem, porque um jogador não é só o campo, mas também a pessoa fora dele. Eu era o ponto de referência. Não tinha um ego em relação a isso. Eu era como uma espécie de... anjo da guarda. Por isso, toda a pressão recaía sobre mim, não sobre eles, mas ao mesmo tempo eu pressionava-os", sustentou.
"Eu não precisava de marcar mais um golo ou menos um golo. Isso não mudaria a minha carreira. Tratava-se mais de preparar o futuro dos outros, porque acredito que esta geração jovem precisa de um líder a seguir. Se não tivermos exemplos, especialmente quando jogamos em grandes clubes, quem é que nos vai mostrar o caminho? Quando se envelhece, é preciso encontrar os pontos de partida. Não se trata de contratos ao fim de 20 anos. O meu ponto de partida foi mostrar o caminho para a equipa jovem", completou.