Immobile abre a porta de saída da Lazio, magoado com os adeptos
"Não sei o que vai acontecer em janeiro ou em junho. Nunca tive medo de me questionar, nem quando fui para o estrangeiro nem quando regressei aqui. Veremos". Estas foram as palavras de Ciro Immobile numa longa entrevista ao jornal romano Il Messaggero. O capitão da Lazio falou sobre os seus sentimentos mais recentes, numa época em que tem estado aquém das expectativas.
No verão esteve perto de se mudar para a Arábia Saudita, mas mudou de ideias.
"Era uma solução que tinha considerado este verão, quando chegaram algumas ofertas, mas depois decidi recusar por causa da seleção nacional e da Liga dos Campeões", explicou assumindo que agora parece estar a reconsiderar: "Depois de um início de campeonato tão bom, coloquei-me algumas questões, sobretudo depois das críticas de alguns, felizmente não todos. Isso magoa-me, de facto, faz-me vacilar. O meu pensamento já não é o mesmo que era em julho. Em alguns dias, quando estava mais em baixo, pensava 'era melhor ir-me embora'".
Perguntado se oito anos na Lazio e 198 golos podem ser questionados, Immobile respondeu: "Parece que sim. Mas só para alguns, porque também no domingo as faixas da torcida do Nord e do Maestrelli me emocionaram, mostrando apoio num momento delicado".
O capitão da biancoceleste lamenta o facto de ter de lidar com alguns adeptos que o questionam: "Agora há apenas uma pequena parte das pessoas, a quem nem sei se devo chamar verdadeiros adeptos da Lazio, que me contestam. Acho que os verdadeiros não me podem dizer nada, não acredito nisso. É apenas uma questão de tempo e farei com que até o mais cético volte a acreditar".
Sobre a questão de ter a confiança de Lotito e Sarri, Immobile foi lacónico.
"Sobre o treinador sempre, falo com ele todos os dias e estou tranquilo. Para o presidente sou um filho, sempre dissemos as coisas na cara um do outro. Por isso, quando chegar o momento em que já não lhe posso dar o que ele espera, os nossos caminhos separar-se-ão".
Para terminar, porém, um comentário sobre a meta muito próxima dos 200 golos com a camisola da Lazio: "Talvez essa pressão também me condicione, é um número muito importante. Já me tinha acontecido com 100. Mas, antes de mais, tenho de voltar a entrar em campo, senão não consigo encher a baliza".