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Juventus e o trio de ataque: arma letal anti-Inter ou risco para o equilíbrio de Allegri?

Raffaele R. Riverso
Adeptos pedem o tridente com Yildiz junto a Vlahovic e Chiesa
Adeptos pedem o tridente com Yildiz junto a Vlahovic e ChiesaProfimedia
A descoberta de Yildiz convenceu os adeptos bianconeri de que é possível uma outra Juventus, mais bonita e espetacular, com o turco no ataque, juntamente com Vlahovic e Chiesa. Allegri, no entanto, não quer saber de romper o equilíbrio. Pelo menos por enquanto.

A resposta do Inter não demorou a chegar. Vinte e quatro horas antes de os nerazzurri vencerem a Supertaça de Itália contra o Nápoles em Riad, a Juventus tomou o primeiro lugar na classificação do clube milanês, derrotando em Via del Mare o Lecce e alcançando assim a sétima vitória consecutiva.

O Inter já foi eliminado da Taça de Itália, deixando o caminho livre para os Bianconeri que, contra o Frosinone (4-0), deixaram claro que se importavam com a competição.

Juventus está na liderança da Serie A
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E sim, porque se antes a Taça de Itália já era o caminho mais curto chegar a um título, depois da eliminação do Inter, passou a ser também o mais fácil. Algumas curvas e, ainda por cima, como favoritos absolutos.

Estratégia ou realismo?

Um estatuto, o de favorito, que, por história e tradição, pertence à Velha Senhora, mas que, no atual campeonato da Serie A, pertence à equipa de Simone Inzaghi.

"Acredito que a Juve terá de lutar para terminar entre os quatro primeiros e se, depois, conseguir ganhar o Scudetto será um grande feito porque o Inter é a equipa mais forte", afirmou Claudio Gentile, ídolo da Juventus que, tal como Massimiliano Allegri, prefere, pelo menos por enquanto, manter os pés assentes na terra.

E não se trata apenas de uma estratégia de comunicação para manter a pressão sobre o clube nerazzurri e aliviar a tensão no seu balneário. Na verdade, a sensação é de que, mesmo em casa, a Juve assume o axioma de que "a equipa a vencer é o Inter".

Vlahovic e os seus companheiros de equipa, no entanto, acreditam nisso. Estão convencidos de que podem ficar colados aos nerazzurri até ao final, para que possam aproveitar qualquer lapso de concentração causado pelo cansaço físico e mental gerado por um calendário que, enquanto o Inter permanecer na Liga dos Campeões, pesará consideravelmente nas pernas e na cabeça dos seus jogadores.

O momento decisivo

O clique decisivo veio nos minutos finais do jogo ganho em Salerno, onde a Juve provou ser uma equipa difícil. Até então - com exceção da partida contra o Campani na Taça de Itália, que, no entanto, não conta devido à indiferença da equipa de Inzaghi em relação à competição -, apesar de terem vencido as partidas, os Bianconeri não brilharam, superando os adversários por uma margem estreita.

Os últimos jogos da Juventus
Os últimos jogos da JuventusFlashscore

Desde o triunfo de regresso ao Arechi, com a expulsão de Maggiore, a Juventus começou, no entanto, a voar, marcando dez golos em três jogos, sem sofrer nenhum.

Tridente vs. equilíbrio

O protagonista absoluto foi o avançado-centro sérvio, vencedor do jogo em Salerno e verdadeira força de arrastamento, graças aos golos contra o Sassuolo e o Lecce, dos bianconeri que, da mesma forma, desde há algum tempo podem contar com Kenan Yildiz e a sua imprevisibilidade. Uma qualidade de que a Juve precisa desesperadamente e que lhe poderá permitir colmatar o fosso técnico que a separa dos nerazzurri.

Embora os adeptos da Juventus (e os neutros também, por uma questão de espetáculo) já sonhem em ver em campo o tridente-maravilha - formado pela pérola turca de 18 anos, juntamente com Vlahovic e Chiesa -, Allegri levantou as mãos, garantindo que os três "podem coexistir", mas garantindo logo a seguir a Juventus tem equilíbrio "e é preciso mantê-lo".

Os próximos jogos da Juventus
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Um raciocínio que, conhecendo o treinador, não faz qualquer ruga, sobretudo tendo em conta que a metade do percurso acaba de ser ultrapassada e que ainda há muito pela frente e no horizonte o desafio contra o Inter no próximo dia 4 de fevereiro, altura em que, paradoxalmente, a classificação será apenas um aspeto secundário com que se preocupar.

Nesse dia, aliás, perceberemos melhor do que é feita esta Juve e como é que Allegri pretende utilizar a nova opção tática à sua disposição, que lhe permitiria aproximar-se do 4-3-3.

"Neste momento não, os jogos estão a ficar longos. Talvez mais tarde. A equipa, no entanto, tem de manter o equilíbrio, caso contrário voltamos a ser uma equipa dançante em que tudo pode acontecer. É esse o meu ponto de vista: talvez mais tarde", afirmou Allegri.