Após a partida, o treinador recebeu toda a fúria da claque do Botafogo, que chamou a equipa de "sem vergonha" e disparou gritos de "burro" para o ex-jogador, alçado à condição de treinador principal com a demissão do português Bruno Lage.
Recorde as principais incidências da partida
Lúcio Flávio amenizou as críticas, destacando o apoio dos adeptos em São Januário, devido a um show no estádio Nilton Santos.
"A claque hoje teve o papel que sempre teve no Nilton Santos, de apoiar, de incentivar a equipa, e isso foi até o final", declarou o treinador.
Mas Lúcio Flávio não escondeu a decepção com o resultado, que coloca o Grémio na luta pelo título. Neste momento, o Botafogo tem Palmeiras e o Tricolor Gaúcho no seu encalço, todos eles com 59 pontos. Alguns setores da direção e da claque do Botafogo subiram a voz pela demissão do técnico, pedindo um nome mais experiente. Cuca e Luxemburgo foram especulados nos últimos dias.
"De fato, mais uma noite de frustração, não apenas para o adepto, mas especialmente para nós, jogadores, comissão. Nós não queríamos que isso tivesse acontecido. A equipa mais uma vez abriu um resultado que para início de segundo tempo era muito interessante, que era um 3-1. Mas, a partir do momento que nós acabamos por sofrer o golo, mais uma vez, a questão emocional veio a ser um ingrediente neste jogo", lamentou Lúcio Flávio.
"Nós sabemos que não é tão simples, mas ao mesmo tempo, a situação ainda depende muito de nós e temos que buscar forças para este jogo de domingo", acrescentou o treinador.
A equipa terá como adversário no próximo fim de semana o Red Bull Bragantino, que está a um ponto do Alvinegro na tabela (59 e 58). Uma derrota poderá tirar, de vez, o Botafogo da liderança da prova.
"Nós, hoje, ainda somos líderes. Precisamos ir lá e vencer este jogo para mudar os resultados. É uma questão até moral de buscar realmente isso, como instituição, como clube", pregou Lúcio Flávio, que está na corda bamba nesta reta final.