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O último teste de Paulo Fonseca: dérbi de Milão será o tudo ou nada para o português

Eliott Lafleur, com AFP
Paulo Fonseca tem o jogo do tudo ou nada
Paulo Fonseca tem o jogo do tudo ou nadaPIERO CRUCIATTI/AFP
Um mês após o início da época, o AC Milan já está à beira de uma grande crise: uma derrota no dérbi de domingo contra o Inter pode custar o cargo de treinador a Paulo Fonseca, que foi contratado em... junho.

Siga as principais incidências da partida

É um lembrete para os milaneses da aventura de Marco Giampaolo: entre agosto e outubro de 2019, o treinador italiano, que se tinha destacado ao leme da Sampdoria, passou sete jogos no banco do AC Milan antes de ser despedido com um registo de três vitórias e quatro derrotas.

Embora Giampaolo seja muitas vezes apontado como o maior falhanço da história do clube, que já venceu 19 vezes a Serie A e sete a Ligas dos Campeões, é bem possível que perca esse estatuto pouco invejável para Paulo Fonseca.

À entrada para a 204.ª edição do dérbi milanês, o antigo treinador da AS Roma (2019-2021) e do Lille (2022-2024) conta apenas com uma vitória, dois empates e duas derrotas e a sua equipa está em 10.º lugar na Serie A, com cinco pontos.

Para salvar a pele, ou até mesmo conseguir um adiamento, o técnico de 49 anos precisará de uma grande vitória contra os rivais nerazzurri que, para adicionar insulto à injúria do AC Milan, venceram o último dérbi (2-1) em abril para conquistar o 20.º título da sua história.

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Desde que a sua equipa perderu com o Liverpool por 1-3, em casa, na Liga dos Campeões, todos - adeptos, antigas glórias do clube e outros - têm descarregado no português. As suas opções táticas contra o Liverpool foram abertamente criticadas, e até gozadas, por Fabio Capello e Zvonimir Boban, que o entrevistaram em direto na Sky Sport.

Sarri, Tuchel ou Terzic?

A verdade é que Paulo Fonseca tornou-se um alvo logo que foi contratado, em junho. É um eufemismo dizer que os tifosi ficaram consternados quando Zlatan Ibrahimovic, conselheiro especial do presidente e proprietário americano do clube, fez de Fonseca o sucessor de Stefano Pioli.

Enquanto sonhavam com Thiago Motta, entretanto contratado pela Juventus, viram chegar um treinador que não foi além do 5.º lugar na Serie A com a Roma e que, para muitos, não tem ombros suficientemente largos para gerir um clube da dimensão do Milan.

Se for despedido, Maurizio Sarri, sem clube desde que deixou a Lazio na primavera, Thomas Tuchel, despedido do Bayern de Munique após uma época e meia, ou Edin Terzic (ex-Dortmund), poderão ser os seus sucessores.

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Mas isso não deve apagar a ira dos tifosi, que estão de olho em Ibrahimovic e, em menor escala, no diretor esportivo Geoffrey Moncada, por causa de um mercado de verão que os deixou dececionados, apesar das chegadas de Álvaro Morata e Youssouf Fofana.

Embora os tenha entusiasmado quando vestiu a camisola rossonera, marcando 34 golos entre 2020 e 2023, Zlatan está longe de os convencer como diretor, irritando os adeptos milaneses com as suas férias de três semanas fora de Milão e as suas declarações sempre "zlatanescas".

"Sou o chefe, sou eu que mando e todos os outros trabalham para mim", é assim que descreve o cargo que ocupa desde dezembro. O chefe não tem tempo a perder para provar o seu valor.