"De certeza que serei um novo Pogba. Isso é certo. E também serei melhor do que a minha versão anterior, com mais fome e mais determinação. Agora sinto-me como uma criança que quer voltar a ser um futebolista profissional. É isso que me motiva agora". Estas foram as palavras de Paul Pogba numa entrevista à ESPN, na qual confessou as suas ambições a curto prazo.
O médio francês, nascido em 1993, confessou que também pensou em abandonar o futebol: "Pensei na reforma quando me deram a suspensão. Tive e vou ter de ter mais cuidado. Tinha muitos pensamentos na minha cabeça. Até o de desistir. Dizia a mim próprio: 'O que é que vou fazer agora? São quatro anos, estava a pensar nisso e a fazer as contas na minha cabeça. Quatro anos sem jogar, sem treinar. Que clube me vai querer mais?' Mas, por outro lado, tinha fé que tudo se iria resolver. Estava otimista. Sabia que não tinha feito nada de errado de propósito, por isso tenho de estar grato pelo que aconteceu e pelo facto de terem reduzido a minha suspensa".
Questionado sobre a situação contratual que está a viver, quis esclarecer: Neste momento estou na Juventus, por isso não sabemos bem o que vai acontecer. Todas as partes estão a falar, os advogados, etc. Por isso, gostaria de saber oque vai acontecer. Por isso, gostaria de saber o que me vai acontecer a seguir. Mas o meu principal objetivo neste momento é apenas preparar-me o melhor possível. Continuo a treinar e faço o que for preciso. Quero estar pronto para ir para uma equipa em janeiro".
Depois, o gaulês quis contar como se sentiu durante este período em que foi sancionado por doping: "Somos todos humanos, todos temos sentimentos. Digo-vos que, quando recebi a desqualificação, compreendi realmente o que é a vida. Quando a desqualificação foi reduzida, a minha mulher correu para cima com o meu telemóvel a gritar 'é o advogado, é o advogado'. Eu disse que lhe ia ligar de volta, mas ela disse-me que tinha de atender a chamada. Por isso, desci as escadas e fui falar com ele ao telefone. Ele deu-me a notícia e eu fiquei em silêncio".
Por fim, a história da libertação ao receber a notícia da redução da desqualificação: "Toda a gente saltava, estavam tão felizes, mas eu estava em choque. Rapidamente essa felicidade transformou-se em determinação. Passámos pelo inferno, pela escuridão. Mas esta é a minha segunda oportunidade, tenho de a aproveitar. Fiquei emocionado".